PREFEITURA DO RECIFE INICIA NOVA REFORMA NO CEMITÉRIO DE SANTO AMARO
A Prefeitura do Recife inicia, nesta terça-feira (13), uma nova reforma estrutural de catacumbas e ossuários no Cemitério de Santo Amaro, no Centro da cidade. A obra está orçada em R$ 1 milhão e vai recuperar 17 blocos de catacumbas e ossuários em um dos mais tradicionais cemitérios da capital pernambucana. As edificações que vão passar por reparos ficam próximas ao velório principal e ao Instituto de Medicina Legal (IML).
“Com mais de 150 anos de existência, o Cemitério de Santo Amaro tem um valor histórico e é um ponto de visitação para turistas. A restauração de sua estrutura é uma forma de preservar a história da cidade”, ressaltou o presidente da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Carlos Muniz. De acordo com ele, a ação também proporcionará mais conforto às pessoas que vão visitar seus familiares enterrados no cemitério.
Entre as intervenções, serão realizadas a recuperação da estrutura de ferro, impermeabilização das lajes, recuperação da juntas de dilatação, pintura e acabamento das edificações. Ao todo, a obra vai recuperar mais de 4.500 catacumbas e 1.300 ossuários do necrotério. Essa é a primeira reforma feita nessa área do cemitério, que foi construída em 1970. Durante a obra, que deve durar três meses, o local será isolado e os familiares não poderão fazer visitação.
Mais reformas – No ano passado, a Prefeitura do Recife reformou outros 17 blocos de catacumbas no Cemitério de Santo Amaro, localizados próximos aos velórios populares. Na época, foram realizadas a pintura do cemitério, a recuperação estrutural e impermeabilização das lajes das catacumbas e ossuários. A obra representou um investimento de R$ 500 mil.
Histórico – Conhecido pela população como Cemitério de Santo Amaro, o local foi inaugurado com o nome de Cemitério Senhor Bom Jesus da Redenção e teve projeto original elaborado pelo engenheiro Luís Leger Vauthier, jovem francês que revolucionou a arquitetura pernambucana no século XIX. Inaugurado em 1º de março de 1851, acolheu, inicialmente, pessoas vitimadas pelo surto da febre amarela e que não podiam ser sepultadas em igrejas, como era o costume da época. Destaque notável é a capela, um belo monumento de puro estilo gótico de cruz grega, de grandeza proporcional ao fim a que é destinada, sem campanário e sem dependências.