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JARDIM SÃO PAULO RECEBE OFICINA “REAPROVEITAR COM ARTE”


A Prefeitura do Recife dá mais um importante passo para livrar córregos e canais da cidade de um grande vilão, as garrafas PET. Até a próxima terça-feira (27), os moradores de Jardim São Paulo poderão participar da oficina “Reaproveitar com Arte”, promovida pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). Nas aulas, os moradores aprenderão a transformar materiais que iriam para o lixo em brinquedos e peças decorativas. Quinze pessoas já se inscreveram no curso, que será ministrado, das 14h30 às 17h, no Conselho de Moradores do bairro, localizado na rua José Tavares de Holanda.

”A oficina mostra como dar novo uso as garrafas PET, que são jogadas freqüentemente nos canais da cidade. Trata-se de uma maneira inteligente de banir esses vasilhames dos cursos de água”, destaca Jane Cristina, assessora Sócio-Ambiental da Emlurb. Além de poluir as águas, Jane explica que o descarte inadequado das embalagens plásticas nos córregos impede o fluxo normal das águas, favorecendo enchentes e o aparecimento de doenças. Por isso, em Jardim São Paulo, a iniciativa atenderá principalmente a comunidade da Vila São Vicente, por onde passam dois canais: Guarulhos e José Tavares de Holanda.

A oficina terá uma carga horária de 15h e ensinará aos moradores como é possível confeccionar artesanalmente brinquedos (carrinho, porta-jóias, cofrinhos, cestinhas), objetos decorativos (jarros, milho, sobrinhas de frevo) e até móveis (pufes), com garrafas, espumas, borrachas e tampinhas de refrigerante. Os instrutores ainda ensinarão aos moradores objetos temáticos de acordo com a época do ano: São João, Páscoa, Natal, etc. “Nós ensinamos os conceitos básicos para dar novo uso à garrafas e outros materiais. Depois, as pessoas utilizam a imaginação e criam novos objetos mais bonitos e sofisticados”, comenta a assessora.

Jardim São Paulo será a sétima localidade a recebe o curso, este ano. Antes de lá, a oficina “Reaproveitar com Arte” passou pelo Alto José
do Pinho, Coque, Bomba do Hemetério, entre outras comunidades. Segundo Fernanda Wanderley, responsável pela realização das oficinas nas RPAs 4 e 5, os moradores do bairro já foram sensibilizados sobre a necessidade de se manter os canais limpos. “Já realizamos um debate com os moradores sobre a forma correta de se descartar o lixo, principalmente por se tratar de uma área onde houve a ocupação
indevida das margens dos canais. Agora, vamos mostrar uma alternativa para melhor aproveitar os materiais que eles jogavam nos cursos de água”.


Vida longa - Além de evitar o despejo de garrafas nos córregos e canais, a ação apresenta outro importante aspecto ecológico. A oficina é uma forma de reduzir a quantidade de lixo destinado ao aterro, pois dá novo uso a objetos que seriam jogados no lixo por não terem mais função. Assim, as embalagens plásticas ganham novo destino e só chegam ao aterro após um tempo maior de uso. Isso se torna essencial porque a garrafa PET tem um ciclo de vida muito curto, entre produção, distribuição, consumo e descarte. Mas, a vida inútil dela é longa e pode levar séculos para ser degradada na natureza.
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