FEIRA FEMINISTA DE PERNAMBUCO É ABERTA NA ESTAÇÃO CENTRAL DO RECIFE
Mantas de crochê, toalhas de palha, roupas de renda, esculturas em madeira, comidas e bebidas típicas do Estado. Todos esses produtos, resultado do trabalho de mulheres assentadas da reforma agrária e de integrantes de grupos produtivos rurais e urbanos, estão expostos na 1ª Feira de Economia Feminista e Solidária de Pernambuco, aberta nesta quinta-feira (5), na Estação Central do Metrô. A iniciativa, que acontece até o domingo (8), das 9h às 21h, foi criada para ampliar a divulgação e comercialização dos produtos feitos por esses grupos de mulheres e, dessa forma, proporcionar mais viabilidade às suas atividades econômicas.
A Feira de Economia Feminista, promovida pela Coordenadoria da Mulher da Prefeitura do Recife, Governo do Estado e Ministério do Desenvolvimento Agrário, é o primeiro de nove eventos que serão realizados em vários estados do País. A iniciativa faz parte das ações do Programa de Organização Produtiva das Mulheres Rurais, lançado pelo Governo Federal em março deste ano. O programa prevê até 2011 um investimento de R$ 3 milhões para a organização das feiras.
Mais de 60 estandes de grupos de mulheres do Sertão, Agreste, zona da Mata e Região Metropolitana do Recife estão expondo suas criações na feira. A aposentada Maria de Lourdes Silva, 52 anos, trouxe de Caruaru, mantas de tricô, almofadas bordadas e panos de crochê, junto com mais duas amigas da cidade. “Além de poder mostrar meu trabalho, posso ganhar uma fonte de renda extra aqui na feira. É a primeira vez que participo desse tipo de evento e estou adorando. Acaba sendo um passatempo também, já que eu estava parada”, contou.
De acordo com a responsável pela Coordenadoria da Mulher da Prefeitura do Recife, Juliana César, a feira é uma forma de reconhecimento ao trabalho das mulheres. “E contribui para a valorização da autonomia sustentável delas”, disse. Para a secretária de Direitos Humanos, Karla Menezes, o evento consolida o trabalho da gestão municipal realizado desde 2001. “Sempre acreditamos nas atividades de afirmação da economia popular e solidária. Nossa idéia se alia a do Governo Federal, que busca a inserção dessas mulheres no mercado de trabalho”, explicou.
Já a assessora especial do ministério do Desenvolvimento Agrário, Andréa Butto, afirmou que a feira serve para estimular e proporcionar o intercâmbio de mulheres assentadas da reforma agrária e de grupos produtivos rurais e urbanos. “Estamos garantindo o direito ao acesso igualitário delas no mercado consumidor a partir da valorização de suas criações”, destacou.
Durante os três dias da feira, haverá seminários e apresentações artísticas. Nesta sexta-feira (6) a animação fica por conta do grupo Lourdinha e sua Orquestra. No sábado (7) é a vez de Lia de Itamaracá e, no domingo, encerrando a programação, quem sobe ao palco é a banda Maria Fulo. Já na agenda de seminários estão previstos dois: um sobre economia feminista e outro sobre programas de políticas governamentais para fortalecimento da organização produtiva das mulheres.