Para melhorar a convivência das pessoas com deficiência e a comunidade em geral, a Prefeitura do Recife promoveu, na manhã desta segunda-feira (25), por intermédio da Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, a segunda turma do curso Sensibilização para Melhor Convivência com Pessoas Deficientes. “O objetivo da gestão municipal em promover esse curso é melhorar a convivência entre o quadro de funcionários da administração direta e indireta, com as pessoas com deficiências. Uma sugestão é agir sempre com sensibilidade e perguntar se pode oferecer alguma ajuda, antes de qualquer iniciativa”, diz o supervisor de estágio da Gerência Operacional de Estágio, Carlos Eduardo Barbosa.

De acordo com dados do último senso realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, existem no Brasil 24.600.256 pessoas com deficiência. Ainda de acordo com a pesquisa, em Pernambuco são 1.356.334, o que equivale a 17,24% da população do Estado. No Recife 230.510 pessoas têm algum tipo de deficiência, sendo 45% visual, 30% motora, 17% auditiva e 8% mental. Apesar dos números serem bem elevados, para a parte da população que não tem nenhum tipo de deficiência, ainda existem dúvidas de relacionamento para com as pessoas com deficiências. “Como devo falar? É legal se referir a ela falando sobre o problema?”, são uma das perguntas mais comuns.

As aulas são ministradas pelo gerente da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Antônio Ferreira e pela intérprete de Libras da Secretaria de Direitos Humanos, Nadja Medeiros. “É importante nem subestimar e nem superestimar. Deve-se sempre perguntar se a pessoa precisa de ajuda, mas, caso não queira, não deve-se insistir, pois, às vezes, a pessoa com deficiência pode se sentir incomodada”, indica Medeiros. “Deve-se tratar cada tipo de deficiência de forma especifica. Para uma pessoa com deficiência visual, por exemplo, é bom se identificar e o direcionar, falando sempre à direita ou à esquerda. No caso das pessoas com deficiência auditiva, falar devagar para que ela possa ler os lábios, mas, se ainda assim houver dificuldade, vale usar os gestos e escrever bilhetes”, explica a intérprete.

Na sala estavam funcionários do estacionamento, ascensoristas e servidores de diversas secretarias da PCR. A servidora da Diretoria de Relações de Trabalho da Secretaria de Administração, Ione de Melo Oliveira, namora um cadeirante há mais de um ano. Apesar de saber conviver com alguém nesta realidade, ela garante que ainda fica insegura ao se comunicar com alguém com outro tipo de deficiência. “Sei bem como me relacionar com um cadeirante, mas, com uma pessoa com deficiência visual, por exemplo, ainda fico sem saber como me dirigir a ela. Afinal, é importante entendermos bem a limitação de cada um. Por isso esse curso é importante e aconselho a quem ainda não participou aproveitar o último”, convida Melo.

O próximo curso está marcado para o dia 2 de setembro, na sala de reunião do 2º andar do edifício-sede da PCR, das 9h às 12h. Outras informações e inscrições pelos telefones 81.3232-83 77 e 3232-8977.

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