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Saúde

PROFISSIONAIS DA PCR DISCUTEM SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

Moradores em situação de rua da capital pernambucana estão no foco da Prefeitura do Recife. De forma a poder traçar estratégias interligadas de atuação junto a esse público, a gestão promove, nesta quinta-feira (28), um evento reunindo cerca de 100 profissionais da Secretaria de Saúde e do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc), além de integrantes de conselhos municipais e tutelares ligados ao tema. O 1o Seminário Saúde e População de Rua será realizado, das 8h30 às 17h30, no Recife Praia Hotel, em Boa Viagem.

“A própria condição de baixa renda torna população em situação de rua ainda mais vulnerável, transformando o assunto numa questão de saúde pública que deve ser discutida por vários setores governamentais e sociedade civil. Todos precisam estar envolvidos na identificação de caminhos e na busca de soluções para o assunto”, explicou a secretária de Saúde do Recife, Tereza Campos.

Organizador do seminário e coordenador municipal de DST/Aids, Acioli Neto diz que a realização do evento dará início a novas discussões sobre alternativas de atenção à saúde das pessoas em situação de rua. A ênfase do debate vai ser em torno das questões de DST/Aids, uso abusivo de álcool e outras drogas, tuberculose, hanseníase, saúde mental e o uso adequado do SAMU, tudo em conjunto com o Iasc. “As coordenações apresentarão suas políticas, os principais agravos e as formas de assistência oferecidas a essa parcela da sociedade”, ressaltou Acioli.

Censo – De acordo com a Pesquisa Nacional da População em Situação de Rua, realizada em 2007 pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome nos municípios com população igual ou superior a 300 mil habitantes, foram identificadas 31.922 pessoas maiores de 18 anos em situação de rua. Levando-se em conta estudos feitos em outras cidades, estima-se um número aproximado de 50.000 pessoas nas capitais brasileiras (além do Distrito Federal).

A partir do estudo, observou-se que a população em situação de rua é predominantemente masculina (82%). Mais da metade (53%) na faixa etária de 25 a 44 anos. Entre os pesquisados, a maioria afirmou que costuma dormir na rua (69,6%). Um grupo relativamente menor (22,1%) disse que dormia em albergues ou outras instituições. Apenas 8,3% costumam alternar, dormindo na rua e em albergues. Na última semana (em relação à data da entrevista), a maioria dormiu somente na rua (60,5%). Outros 20% pernoitaram em albergues ou outras instituições, enquanto 8,3% alternaram entre a rua e o albergue.

Conforme a Pesquisa Nacional da População em Situação de Rua, o alcoolismo e/ou drogas foi o principal motivo para as pessoas com mais de 18 anos viverem nas ruas (35,5%), seguido do desemprego (29,8%) e desavenças com pai/mãe/irmãos (29,1%). Dos entrevistados no censo, 71,3% citaram pelo menos um desses três motivos, que podem estar co-relacionados. Confira no anexo a programação do evento.

Serviço:
O quê - 1º Seminário Saúde e População de Rua;
Quando - nesta quinta-feira (28), das 8h30 às 17h30;
Onde - Recife Praia Hotel (avenida Boa Viagem, 9, Boa Viagem);
Público-alvo - profissionais de saúde, do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc) e integrantes de conselhos tutelares e municipais ligados ao tema.

 

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