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Cultura

PROGRAMAÇÃO DO XIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA DO RECIFE É DIVULGADA

Em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (02), o secretário de Cultura do Recife, João Roberto Peixe, divulgou a programação completa do XIII Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR), evento realizado pela Prefeitura do Recife, por intermédio de sua Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura (FCCR), e, pela quarta vez, com patrocínio e apresentação da Petrobrás. A décima terceira edição do Festival acontece entre os dias 09 e 19 de outubro. Vinte e uma atrações, entre grupos do Brasil e do exterior, foram convidadas a participar do Festival que movimenta a Cidade não só com espetáculos, mas com ações formadoras como oficinas, palestras e encontros paralelos.

Participaram da coletiva, igualmente, o coordenador do FIDR, Arnaldo Siqueira; a diretora de captação de Recursos da Secretaria de Cultura, Jucy Monteiro; o diretor de Descentralização Cultural da Fundação de Cultura, Beto Rezende; o gerente de Dança da FCCR, Alexandre Macedo; e a grande homenageada do evento este ano, a professora e bailarina, Betsy Gatis. O secretário João Roberto Peixe comentou que o êxito do evento como ele se apresenta neste oitavo ano de gestão do prefeito João Paulo deve-se, sobretudo, à política de continuidade das ações realizadas pela PCR. Fizemos questão, sempre, de não deixar de realizar os eventos que fazem parte do calendário cultural da Cidade, melhorando ao longo destes oito anos a qualidade das curadorias dos festivais, mostras, semanas entre outros, não só do ponto de vista da realização, mas da avaliação, explica Peixe, referindo-se aos balanços que são feitos ao final de cada evento por uma equipe especializada, com participação da sociedade, através de representantes dos diversos segmentos culturais do Recife.

Já Arnaldo Siqueira explicou que o XIII Festival Internacional de Dança do Recife está focado no trabalho do criador. São trabalhos que têm um viés autoral, uma impressão definida nas suas criações. Eles apresentam características performáticas, ora dando enfoque ao gesto, ora à imagem, declarou o coordenador geral do FIDR. Nesse sentido, a cerimônia de abertura do Festival, na próxima quinta-feira (09), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, receberá a esperada performance Quinteto, o mais novo espetáculo da companhia carioca Staccato Dança Contemporânea, dirigido pelo coreógrafo Paulo Caldas. Entre as atrações estrangeiras estão os espetáculos Umwelt, da companhia francesa Maguy Marin (Centro Coreográfico de Rillieux-la-Pape – Paris), e Tierra de Mandelbrot e Plano Difuso, do coreógrafo argentino Edgardo Mercado.

De 9 a 13 de outubro, o Festival realizará, nas dependências da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby, o 7º Encontro Regional da Rede Sul-americana de Dança (RSD), que vai reunir a comunidade de dança do Recife com bailarinos, gestores, programadores, investigadores, representantes de redes, procedentes de 14 países. Os encontros da RSD são de participação aberta e incluem espaços de capacitação, reflexão, intercâmbio de experiências, articulação de iniciativas, planificação coletiva, entre outras atividades.

Para Alexandre Macedo, gerente de Dança da FCCR, o salto qualitativo do Festival Internacional de Dança do Recife é a ponta do ‘iceberg’ de várias ações que foram desenvolvidas pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura, desde 2001. Trabalhando focadas na formação cultural da cidade e tendo como eixo a descentralização cultural, durante todo o ano, fora do período do Festival, a Secretaria de Cultura e a Fundação fomentam a formação de jovens bailarinos em diversas comunidades recifenses a exemplo da Companhia de Dança da Escola de Frevo Maestro Fernando Borges, que tem feito oficinas com a coreógrafa Déborah Colker e Carlinhos de Jesus, defende Macedo. Ao final da coletiva, a homenageada, Betsy Gatis, prestes a completar seus 89 anos, declarou: Dancem, dancem sempre, pois não há maior alegria do que acordar de manhã, levantar da cama e dançar.

A Homenageada - Betsy Gatis, pioneira do ensino da dança no Recife e Olinda, no início do século passado, iniciou seus estudos de balé em 1922, com três anos de idade, orientada por sua tia, a inglesa Gladis Adel Gatis. Sua estréia nos palcos, com quatro anos de idade, ocorreu na montagem O Mercado Persa, de Albert Ketbey, realizada por Miss Gatis (como era conhecida sua tia), considerada responsável pelas primeiras atividades ligadas ao ensino da dança no Recife a partir da segunda década do século XX. Gladis havia chegado ao Recife, aos vinte anos de idade e passara a dar aulas em sua residência, o casarão dos Gatis, como veio a ser conhecido, no bairro de Casa Forte.

Betsy começou a ensinar como professora-auxiliar de Miss Gatis no Colégio Vera Cruz e na extinta Escola Experimental e após três décadas de colaboração à formação em dança no Recife, lecionando em diversos lugares como o Instituto Nossa Senhora da Conceição, Colégio Santa Maria, Círculo Militar, Centro Israelita, Colégio Domingos Sávio e nos Clubes Português do Recife, Aeronáutica e Atlântico de Olinda, teve sua trajetória respaldada por inúmeras montagens de consagrados balés como Sílfides, Giselle, Pássaro de Fogo, O Quebra Nozes, O Bolero de Ravel, entre outros.

Em 1940, Betsy Gatis casou-se com o músico e maestro Otoniel Mendes, fundador do Coral de São Pedro Mártir, o mais antigo de Olinda, ainda hoje em atividade. Ao contrário do contexto vigente, no qual as bailarinas viam a continuidade de suas atividades comprometidas pelo casamento, o maestro passou a acompanhá-la ao piano em suas aulas de balé e apresentações.

Betsy Gatis, talvez pouco conhecida pelos artistas e público da dança de hoje, é merecedora desta homenagem como uma das personalidades que contribuíram para alicerçar a história da dança no Recife. Seu legado influenciou inúmeras gerações de artistas e profissionais validando este reconhecimento por uma vida inteira de trabalho dedicado a dança nesta cidade.

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