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Cultura

DEBATES E DIVERSIDADE MARCAM DESPEDIDA DO 13º FIDR

O 13º Festival Internacional de Dança do Recife chegou ao fim na tarde deste domingo (19), tendo como marca a pluralidade de propostas e o intercâmbio entre os artistas e o público. De 9 a 19 de novembro, mais de cinco mil pessoas puderam assistir e interagir com atrações locais, nacionais e estrangeiras, em palcos públicos, com acesso gratuito ou a preço simbólico (R$ 5,00). O 13o FIDR foi uma realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura, com apresentação e patrocínio da Petrobrás, Itaú Cultural e Ministério da Cultura, por intermédio da Lei Rouanet.

Na opinião da bailarina Isabel Ferreira, esta foi uma oportunidade de assistir a atrações do Brasil e do mundo. Quem não viaja jamais teria acesso a esses espetáculos, disse. Por sua vez, o coreógrafo Cláudio Lacerda ressaltou a importância do Dança Falada e a presença de espetáculos radicais como Umwelt, de Maguy Marin, e Um corpo que não agüenta mais, de Marta Soares.

Para o coordenador Arnaldo Siqueira, o balanço é mais do que positivo. Alguns trabalhos trouxeram um diálogo mais direto com o público, e outros foram de uma grande complexidade estrutural, artística, estética, avalia. Para além dos espetáculos, Siqueira destaca o potencial articulador do 7º Encontro da Rede Sul-americana de Dança, o projeto Dança Falada, e até mesmo a interação celebrativa surgida no Restaurante Casa da Moeda. Foi um evento de muita parceria, explicitada não só em ações como o Ginga B.boy ou pelas performances interativas do Hello! Earth mas pela aproximação, também, do Festival com projetos como o Chá com Arte, da Compassos Cia de Dança, que proporcionou o espaço Dança Falada, e pelo agito cultural que se instalou espontaneamente na frente da Casa da Moeda, que virou ponto de encontro entre público e artistas, avalia Siqueira.

A praça é do break beat - O som do hip-hop marcou a tarde de encerramento do FIDR, neste domingo, durante o Torneio Ginga B.boy - parceria entre o Festival e a Associação Metropolitana de Hip-hop. No Parque 13 de Maio, na Boa Vista, garotos e garotas cheios de swing mostraram porque são os legítimos dançarinos de rua. Oito grupos disputaram os prêmios em dinheiro, mais troféu. O grande vencedor foi o grupo Abstract Style, do Ibura, que levou troféu mais o prêmio de R$ 800,00; o grupo Força Break ficou em segundo lugar, com R$ 500,00 e troféu; e o terceiro colocado foi o Babilônia Crew, que recebeu R$ 300,00 e troféu. O evento foi marcado por muita alegria dos que vivem o hip-hop, cultura de resistência, inclusão social e valorização da periferia. Encerraram a festa do Pólo Hip-hop os grupos Falange, Relato Consciente, Dj Da Mata, Mr. Cínico e Kabessa + 1 da Silva.

Sábado de aplausos e debates - No sábado (18), a grande atração foi o espetáculo O Solo do Outro – O Feminino e o meu olhar, do coreógrafo Luiz Roberto da Silva. No palco, a perfeita performance da bailarina Renata Muniz, em um espetáculo inspirado nas várias mulheres que permeiam uma só: a mulher que trabalha, que estuda, que cuida do lar, do marido, dos filhos e que ama. Ao final, aplausos intensos do público foram a grande prova da receptividade ao trabalho.

Um pouco antes, às 18h, teve início a tradicional reunião de avaliação FIDR. Na mesa, estiveram o Secretário de Cultura do Recife, João Roberto Peixe; o coordenador geral do FIDR, Arnaldo Siqueira; o curador Marcelo Evelin, o gerente de dança da Prefeitura do Recife, Alexandre Macedo; e o avaliador do festival, Giordani Gorki. Entre o público, além de bailarinos e artistas atuantes na dança do Recife, representantes da imprensa e demais interessados em participar desse momento democrático de reflexão e considerações em prol do crescimento do evento.

Entre os pontos que mereceram destaque, está o fortalecimento das ações para a dança promovidas pela Prefeitura do Recife. É importante lembrar como esse festival era antes. Hoje, ele conseguiu ter melhor qualificação, abrangência internacional, e ser visto como um diálogo entre a própria cidade, e para fora dela, disse Roberto Peixe. Uma avaliação se dá realmente com o público. Mais do que uma proposição de atrações, num festival há diálogo. Todos os espetáculos trouxeram questões a serem discutidas. Acho então que o Festival cumpriu seu papel, disse Marcelo Evelin, que considera o FIDR um dos quatro maiores festivais de dança do Brasil.

Música, luzes e efeitos na noite de sexta (17) - Teatros cheios nas apresentações dos espetáculos Imagens não explodidas, de Marcelo Sena, e Still: sob o estado das coisas, dirigido pelo carioca Gustavo Ciríaco. O primeiro, no Teatro Apolo, trouxe o casamento perfeito entre a música e a dança e destaque para as articulações e ossos como elementos básicos e geradores dos movimentos. No palco, dois bailarinos se revezavam num jogo de luzes e sons que causaram efeito na platéia. Escuridão total em certos momentos e luzes que corriam, acendiam, apagavam no ritmo exato da música.

No Teatro Hermilo Borba Filho, logo depois, um espetáculo interativo, cheio de surpresas e utilização de recursos tecnológicos. Still – sob o estado das coisas, através de ações corriqueiras do dia-a-dia, mostrou imagens suspensas da vida, provocou o riso em certos momentos e impactou em outros. Eu vou escolher uma pessoa da platéia e vou tirar toda a roupa dela daqui a cinco minutos, um dos bailarinos fala ao microfone. A platéia não dá muito crédito, quando eis que, de repente, não mais que de repente, pouco mais de cinco minutos depois, esse mesmo bailarino surge, não com a pessoa da platéia nua, mas ele mesmo totalmente despido, uma brincadeira que começara alguns minutos antes na troca de algumas peças de vestuário. O espetáculo mostrou porque foi vencedor do Premio Klauss Vianna Funarte/Petrobrás e de melhor concepção da última edição do Premio APCA. O público aplaudiu de pé.

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