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Cultura

PCR APRESENTA A 3ª MOSTRA DE CIRCO DO RECIFE

A Prefeitura do Recife divulgou, na manhã desta quinta-feira (23), a programação da 3ª Mostra de Circo do Recife, uma ação da Gerência de Circo da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR) e da Secretaria de Cultura. O evento acontece entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro e sua terceira edição, que tem o patrocínio dos produtos Cheetos (Elma Chips), via Lei Rouanet; e Pirulito Pop Mania (Riclan), homenageia o palhaço Gameloso. Após o sucesso das duas primeiras edições da Mostra, a cidade mais uma vez será inundada de palhaços, malabaristas, mágicos, equilibristas, contorcionistas, atiradores de facas, cuspidores de fogo e tantos outros artistas que fazem do circo um espaço em que o riso, o espanto e a fantasia fascinam crianças e adultos.

O público poderá assistir a espetáculos de circos tradicionais, escolas de circo, trupes e artistas independentes em quatro diferentes lonas, armadas no Parque 13 de Maio, Lagoa Encantada, Sítio Trindade e San Martin. Ocorrem ainda palestras, oficinas, mesa redonda com os convidados Nara Menezes, Luciano Pontes e Diocélio Barbosa; exposição sobre o homenageado e, como novidade este ano, dois pólos de vídeo: Pólo Refinaria Multicultural Nascedouro de Peixeinhos e Pólo Coqueiral, onde serão exibidos filmes com temática circense como Vida de Inseto (John Lasseter), O Maior Espetáculo da Terra (Cecil B. DeMille), Alegria Cirque du Soleil e O Circo de Chaplin.

É importante ressaltar o aspecto descentralizado da Mostra, que segue os mesmos princípios de outros eventos realizados pela Prefeitura do Recife, levando cultura para diversos pontos da cidade, pontuou Beto Rezende, diretor de Descentralização Cultural da FCCR. Além do mais, a gratuidade dos espetáculos e de todas as outras ações da Mostra são um incentivo para que todos possam comparecer, independente da condição financeira. Já o gerente de Circo da FCCR e coordenador geral da Mostra, Gilberto Trindade, prefere não falar em resgate do circo. O circo, independente de tudo, está aí; ele existe e apresenta-se em todos os lugares. Com essa Mostra, a Prefeitura do Recife coloca o foco sobre esses artistas, possibilitando a eles trabalhar e possibilitando ao público prestigiar esse trabalho.

Dentre as atrações da Mostra estão o Circo Bambolê, que pertence a uma família tradicional circense que há 45 anos atua na área; o Circo Big Brasil, considerado de pequeno porte mas com o objetivo de levar cultura e arte à população de todo o território brasileiro; o Circo Tropical, pavilhão de lonas coloridas recoberto por uma ousada estrutura, fundado em 1985, no município de Ipojuca e cujo proprietário é o Palhaço Cavaquinho; a Companhia de Teatro-Circo Lua Crescente que tem as duas artes juntas; entre outros.

O Arricirco, escola fundada em 1995 e que se apresenta na Mostra, tem um projeto pedagógico baseado no entendimento de que aprendizagem se processa na medida em que a criança dá uma resposta natural aos desejos de sua própria realidade. A escola conta com a colaboração de diversas instituições internacionais, o que tem permitido o intercâmbio de jovens integrantes do Arricirco em encontros no Canadá, Chile e Argentina, assim como de trabalhos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte.

Fundado em 1996, O Grande Circo Arraial Escola Pernambucana de Circo é uma Organização Não-Governamental sediada em Recife que desenvolve, em âmbito local, atividades de intervenção social junto a crianças, adolescentes e jovens na comunidade da Vila do Buriti, no bairro da Macaxeira, realizando atividades de resgate da cidadania através da formação artístico-cultural, com ações nas áreas de circo, teatro, dança, música e artes plásticas.

O conhecido Circo Alakazam foi inaugurado em abril de 1974, em Piracuruca, Piauí. Há muitos anos circulando em Recife e na Região Metropolitana, é uma casa de entretenimento onde se apresentam artistas formados no próprio circo, aprendizes de outrora que ganharam a oportunidade de mostrarem suas habilidades ao grande público. O Gran-Londres Circo foi entregue à artista Índia Morena, em 1975. Funcionária do Gran-Londres há anos, foi contemplada com este presente e decidiu permanecer no circo, apesar deste estar em situação de falência na época. Como pagamento das dívidas que tinha com Índia, o antigo proprietário lhe entregou o que ela hoje considera como parte de si mesma. O circo é o meu mundo, é o que tem de bonito no mundo, confessa.

Ainda na programação há grupos da Paraíba como a Trupe Lua Crescente, Euro Circo e Circo Dandara. O secretário de Cultura, João Roberto Peixe, acredita que, devido à ameaça de ser apagado do cenário cultural do País, o circo tem uma atenção especial da PCR. No primeiro ano da Mostra só tínhamos uma lona armada no Forte do Brum e não tínhamos patrocínio. Hoje, com a política cultural da gestão que considera o circo como patrimônio, já temos patrocinadores e parceiros, afirma o secretário.

Durante o evento, também serão montados um estandes da Secretaria de Saúde do Recife. Nos espaços, a população poderá encontrar material educativo sobre o Mais Vida, política de redução no consumo de álcool, fumo e outras drogas da Prefeitura do Recife. Nos dias que antecedem o evento, os usuários do serviço municipal têm sido incentivados a assistir aos espetáculos como forma de promover a sua reinserção social, uma das diretrizes do programa. 

O homenageado - Severino Ramos de Lisboa, Gameloso, nasceu em 15 de maio de 1927. O seu primeiro contato com o circo foi quando, em 1939, fugido de casa, no Recife, sem destino certo, escondeu-se num trem que partia em direção a Natal-RN. Numa parada, em Camarazal - PB, o futuro palhaço Gameloso viu um perna–de- pau gritando: Tem sim senhor. Assim afastou-se da estação e não viu o trem ir embora.

Perguntar ao palhaço se no circo havia vaga para um menino sabido, trabalhador e sozinho no mundo. O palhaço avisou: O dono do circo é mais ruim do que carne de tetéu. Mesmo assim o menino foi tentar. Era o circo Tourada Mexicana Circense, cujos donos Ferrugem e Beliza, aceitaram o garoto para fazer todo o serviço: botar água, fazer mandado, varrer, arrumar. Durante o dia, Severino via os artistas ensaiando, e à noite via o espetáculo. Quando todos iam dormir, o garoto ensaiava trapézio escondido.

Ensaiou sozinho durante 4 anos e 8 meses, até quando o trapezista Sherlok foi embora. Então, se apresentou para Dona Beliza, a artista das Touradas, dizendo ser capaz de fazer um número melhor do que o artista ausente. Ela, descrente, programou-o para a matinê. Foi um sucesso. Desde então Severino não botou mais água, nem fez mandado. Virou um artista e, futuramente, o palhaço Gameloso.

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