ORQUESTRA SINFÔNICA APRESENTA MAIS UM CONCERTO AO PÔR-DO-SOL
A Orquestra Sinfônica do Recife realiza nesta quarta-feira (29), seu próximo concerto da Série Pôr-do-Sol. A apresentação acontece no Teatro de Santa Isabel, às 18h30, com entrada franca e tem regência do maestro Osman Gioia. No programa, estão o Concerto para violino e orquestra em Sol menor, op. 26, de Max Karl August Bruch, com participação do solista Rucker Bezerra e, na segunda parte, a Sinfonia ISMUS, de Benjamin Boleslaw Rogozinski.
O Compositor e regente alemão, Max Karl August Bruch (1838 – 1920) estudou composição com Hller e piano com Reinecke e Breunung, em Colônia. Depois de viajar por várias cidades alemãs, Paris e Bruxelas, foi contratado como diretor musical em Koblenz e mestre de capela da corte em Sondershausen. Regeu a Sociedade Filarmônica de Liverpool entre 1880 e 1883 e a Sociedade Orquestral de Breslau, de 1883 a 1990. De 1891 a 1910, ensinou na Academia de Berlim. Muitas das obras de Bruch baseiam-se na música folclórica de diferentes países. É principalmente lembrado por seus três concertos para violino, em especial o Concerto em Sol menor op. 26, o qual será executado pela OSR nesta quarta.
Benjamin Boleslaw Rogozinski era um judeu polonês que, com a invasão alemã em 1939, fugiu com a esposa e dois filhos pequenos para a fronteira russa. Negou-se a aceitar a cidadania russa que era impingida aos refugiados e, por isso, foi enviado para um campo de concentração russo na Sibéria e lá ficou detido por dois anos. Em 1942, enquanto a família permanecia no Casaquistão, Rogozinski foi convocado pelo regime stalinista a se alistar na divisão Kosciusko do exército polonês.
Ele lutou de Smolensk até Berlim, tendo sido condecorado 13 vezes por bravura. Compõe a Sinfonia Ismus inspirada na epopéia vivida e na iminente criação do Estado de Israel. Sem saber escrever música, toca ao piano todas as partes e contrata um professor do Conservatório local para escrevê-la. A Sinfonia é executada e transmitida ao vivo em 1948 pela Orquestra da Rádio (então Radio Munich, sob controle dos americanos), durante a celebração do feriado judaico de Pessach. Rogozinski consegue um visto para o Brasil em 1949, quando se muda definitivamente com a família para o Rio de Janeiro, onde falece em 1981.
O violinista Rucker Bezerra é natural de João Pessoa e iniciou seus estudos de violino em 1985 com Yerko Pinto, seu grande mestre, que o acompanhou até a conclusão do curso superior. Rucker é Bacharel em Violino pela UFPB e Mestre em Artes pela Unicamp-SP, sob orientação do Dr. Esdras Rodrigues Silva. Confira o programa para os concertos ao Pôr-do-Sol.
Programa:
Primeira parte Max Bruch Concerto para violino e orquestra em Sol menor, op. 26 I – Vorspiel – Allegro moderato II – Adágio III – Finale – Allegro-enérgico 1. Solista: Rucker Bezerra
Segunda Parte Benjamin Boleslaw Rogozinski Sinfonia ISMUS I. Heimat (Pátria) II. Kriegsschicksal (Destino da guerra) III. Sensucht (Anseio – Saudade?) IV. Hoffnung (Esperança) V. Freiheit (Liberdade) Contatos: Múcio Callou (produção artística da OSR): 8838.5755
Serviço: Concertos ao Pôr-do-Sol da Orquestra Sinfônica do Recife Quarta-feira (29), às 18h30 Teatro de Santa Isabel - Praça da República, s/nº, Santo Antônio Telefone – 81. 3232-2939.