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Saúde

AUTO-EXAME AJUDA A DETECTAR PRECOCEMENTE A HANSENÍASE

A Prefeitura do Recife promoverá uma abordagem diferenciada no combate à hanseníase nesta terça-feira (16) pela manhã, no bairro do Coqueiral, na zona Sudoeste da cidade. A proposta é incentivar o auto-exame como forma de ampliar a detecção precoce da doença. Para isso, as 11 agentes de saúde comunitária atuantes na localidade receberão espelhos, que serão manuseados durante as visitas domiciliares de rotina. O evento ocorrerá no espaço em frente à Escola Municipal Alto da Bela Vista. A abertura da solenidade ficará a cargo da secretária municipal de Saúde, Tereza Campos.

“De forma simbólica, queremos que objetos tão associados à beleza como os espelhos sejam instrumentos da população no combate à hanseníase. O problema é de saúde pública em vários países do mundo e é fundamental que todos estejam mobilizados contra ele. Apesar de ter tratamento e cura, a doença ainda é estigmatizada pelas pessoas. Por isso, investimos na implantação de ações de controle e diagnóstico precoce em todas as unidades da rede municipal, de maneira a diminuir a cadeia de infecção e visando ao alcance da meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de atingir um caso por cada 10 ml habitantes em 2010”, informou a secretária Tereza Campos.

Anualmente, o Recife registra cerca de 1.000 novos casos de hanseníase. A doença ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Embora não mate, pode levar a deformidades nas mãos e nos pés, além de causar cegueira. “Os profissionais da rede básica são a porta de entrada do sistema de saúde público. Por isso, eles precisam estar capacitados para diagnosticar precocemente e atender os usuários com hanseníase”, apontou a coordenadora do Programa de Eliminação de Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde, Milde Cavalcanti.

Saiba mais sobre a hanseníase – A doença infecto-contagiosa é causada pelo Bacilo de Hansen (Mycobaterium leprae), que penetra no organismo através das vias respiratórias, atacando a pele, os olhos e os nervos. Pode causar manchas na pele e perda de sensibilidade, principalmente, nos olhos, mãos e pés, atingindo a pessoas de todas as idades, inclusive crianças, de ambos os sexos. A moléstia não é hereditária nem mata. Entretanto, se não for tratada, pode levar a deformidades nas mãos e nos pés, além de causar cegueira.

Como se dá a transmissão?
Pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera o bacilo no ar, criando a possibilidade de contágio. No entanto, a infecção dificilmente ocorre depois de um simples contato social. Ele deve ser íntimo e freqüente.

Quais os principais sintomas?
Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição da sensibilidade. Dormentes, essas manchas não doem, não coçam e não incomodam. Por isso, muitas vezes passam despercebidas se localizadas em partes do corpo não freqüentemente observadas, como costas e nádegas;

Diminuição da sensibilidade ou formigamento de extremidades de mãos, pés e olhos, possibilitando ferimentos, queimaduras ou ulcerações sem dor e podendo levar a complicações, como infecções locais, sem que as pessoas sintam dor;

Diminuição ou perda de força muscular em mãos, pés e pálpebras, levando à queda de objetos ou um andar arrastado ou o ressecamento dos olhos por não conseguir fechar as pálpebras direito.

Onde encontrar tratamento?
Na rede municipal do Recife, o tratamento é gratuito e encontra-se disponível nos PSFs e nas policlínicas que são referência para a doença. Entre elas, estão Waldemar de Oliveira (Santo Amaro), Gouveia de Barros (Boa Vista), Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Lessa de Andrade (Madalena), Pina (Pina), Arnaldo Marques (Ibura) e Agamenon Magalhães (Afogados). O Centro de Saúde Clementino Fraga (Vasco da Gama) também é referência em hanseníase.

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