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Cultura

MORADORES DO PILAR INICIAM RESTAURAÇÃO DE IGREJA HISTÓRICA

Um dos mais importantes templos históricos do Recife começa a ser recuperado a partir desta quinta-feira (22): a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, construída em 1680, e localizada na comunidade do Pilar, no Bairro do Recife. O trabalho será realizado por 50 alunos do projeto “Obra-escola do Pilar”, iniciado em setembro de 2008, e que atende a jovens e adultos moradores da comunidade do Pilar com perfil de baixa renda, baixa escolaridade e vulnerabilidade social.

A restauração da Igreja é fruto de um convênio no valor de R$ 650.000,00 entre a Prefeitura do Recife, o IPHAN e o Centro Trabalho e Cultura - CTC para a realização de atividades de educação profissional, na técnica de restauro, e educação cidadã, além da execução da obra. A execução do serviço será baseada no projeto de restauração elaborado pela Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural Material – DPPC, da Secretaria de Cultura da Cidade do Recife, com a aprovação do IPHAN.

Os alunos receberam capacitação nas áreas de estuque/alvenaria, pintura, marcenaria/carpintaria, cantaria e serralharia/forja. O superintendente regional do Iphan, Frederico Almeida, explica que o trabalho a ser realizado inclui a recuperação da fachada, a limpeza e consolidação dos ornatos internos do prédio e, a construção de um novo telhado. Os alunos terão o acompanhamento de instrutores do CTC e, de coordenadores do IPHAN e da Diretoria de Proteção ao Patrimônio Cultural Material – DPPC, e receberão uma bolsa de R$ 150,00 durante a realização das obras, além de certificado ao final do curso. A previsão é de que o serviço seja concluído em seis meses.

O secretário de Planejamento Participativo, Amir Schvartz, destaca a importância dessa obra. “A restauração da Igreja do Pilar representa, não apenas a devolução para a cidade de um importante monumento histórico, mas principalmente, o resgate social das pessoas que moram em seu entorno. Ao colocarmos os próprios moradores para restaurar o imóvel, desenvolvemos neles o sentimento de preservação do patrimônio que também pertence a eles”, explica o secretário.

Exposição – Além da possibilidade de participar da recuperação de uma igreja histórica, um outro atrativo fará os moradores do Pilar acompanhar de perto os trabalhos. Os tapumes que cobrirão o canteiro de obras, durante a execução dos serviços, serão transformados em um mural de fotos produzidas, também por moradores da localidade, na oficina de fotografia. Ao todo serão 36 imagens que serão colocadas em um painel de 30mX2m, na lateral da igreja.

Igreja do Pilar - A Igreja de Nossa Senhora do Pilar, situada na Praça Nossa Senhora do Pilar, no bairro do Recife, foi construída em 1680, sobre os alicerces do Forte de São Jorge. A capela-mor do templo tem o formato de uma abóbada semi-esférica, e é revestida de azulejos lusos raríssimos. Quando o forte foi abandonado em ruínas, o então governador Aires de Souza Castro doou-o ao capitão-mor João do Rego Barros, com a ressalva de que ele fundasse no local uma Igreja de Nossa Senhora do Pilar.

Nas obras de construção da igreja, o capitão utilizou todo o material do Forte demolido: as antigas muralhas, os tijolos e as pedras. Registra a história que João do Rego Barros teve que ir a Portugal prestar conta do dinheiro gasto nas obras. Como a contabilidade não estava correta, ele temia que os lusos não aprovassem o orçamento gasto. Recorrendo a Nossa Senhora do Pilar, e conseguindo livrar-se do problema, o capitão mandou fazer uma imagem da santa no porto, cidade situada ao norte de Portugal, e colocou-a no templo. Na época, acreditava-se, inclusive, que ela era uma das santas mais milagrosas.

Tendo sido preso e recolhido ao Forte do Brum, por seu envolvimento na guerra dos Mascates, João do Rego Barros falece em 1712. É enterrado em local não identificado, na Igreja de Nossa Senhora do Pilar. Vale ressaltar que a data registrada na fachada da igreja - 1899 - diz respeito ao ano em que a mesma foi reparada. A obra, conduzida pelo padre João Augusto do Nascimento, foi efetuada pelos próprios moradores de Fora-de-Portas - denominação pela qual era chamada a antiga zona do bairro do Recife (fonte: site da Fundação Joaquim Nabuco).
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