Em grande estilo. Assim foi festejado o aniversário de 102 anos do Frevo, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Na tarde desta segunda-feira (09), uma legião de foliões, músicos e passistas tomaram conta das ruas do Recife, esbanjando alegria e justificando porque o ritmo é tão prestigiado. Na ocasião estiveram presentes o Secretário de Cultura, Renato L, a Secretária de Gestão Estratégia e Comunicação, Lygia Falcão, e a presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Luciana Félix. “A Prefeitura do Recife mostra a vitalidade do frevo na cultura recifense. Preparamos uma festa democrática e tradicional, mostrando o verdadeiro carnaval de rua”, pontuou Renato L.

A festa iniciou na esquina da Rua Nova com a Rua do Sol, onde o maestro Forró, com as orquestras Popular da Bomba do Hemetério e a Hemetéricos da Bomba, além de artistas convidados, estandartes e agremiações, arrastou os presentes até o Pátio de São Pedro. Os fogos de artifício anunciaram que era chegada a hora de parabenizar o frevo. “Preparamos uma grande festa para prestigiar o frevo, que é tão envolvente. Uma comemoração com muita alegria, com a cara do aniversariante”, falou Forró. Antes da saída do arrastão, o autônomo José Porto, de 58 anos, dançava ao som dos clarins. “Desde que eu tinha seis anos de idade que eu danço o frevo e quero envelhecer nele”, contou Porto.

Pontualmente às 17h, já era possível ouvir a música da Frevioca, criada em 1980 pelos pesquisadores Leonardo Dantas e Marcelo Varela, que vinha da Praça da Independência. À frente, alunos da Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges dançavam o ritmo na ponta do pé, juntamente com a performática sombrinha às mãos. Uma das passistas, Tide Campos, 73 anos, exibia os passos aprendidos nas aulas. “Sou apaixonada pelo frevo. Ele é alegria, saúde, alto astral, é contagiante”, completa a aluna mais velha da escola.

Ao chegar no Pátio de São Pedro, maestro Forró subiu ao palco, convidando passistas e artistas para darem continuidade à festa. O cantor Alceu Valença cantou conhecidas marchas carnavalescas. Depois, às 21h, foi a vez de Claudionor Germano e Expedito Baracho apresentarem o show “Capiba, madeira que o cupim não Rói”.

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