Na noite desta quinta-feira (23), a implantação do acolhimento em unidades da rede municipal de saúde esteve em discussão, no auditório do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Fruto de uma parceria entre a Prefeitura do Recife e a UFPE, o evento teve como palestrante o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), professor Túlio Franco. Participaram do encontro gestores e técnicos da rede municipal de saúde, além de estudantes, tutores, preceptores e professores da instituição de ensino.

Além do debate, o evento marcou também a abertura oficial do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), do Ministério da Saúde. O PET-Saúde pretende fomentar o desenvolvimento de atividades acadêmicas no âmbito da atenção básica orientadas pelos princípios da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, e da integração ensino-serviço-comunidade. Segundo o professor Túlio Franco, “esse momento é muito significativo, pois apresenta mudanças tanto na rede de saúde quanto no processo de formação dos cursos na área da saúde”.

Ainda segundo o palestrante, dentre os principais temas que fazem parte das diretrizes do programa está a questão do acolhimento nas unidades municipais de saúde. “O acolhimento pode ser entendido por meio de duas dimensões: a de melhoria no atendimento da rede, onde o usuário é o centro do serviço de saúde, sendo atendido com qualidade e presteza; e a dimensão da reorganização do processo de trabalho nas unidades de saúde, por meio de uma atividade em equipe, multidisciplinar e em rede”, explicou Túlio Franco.

De acordo com o professor do Departamento de Medicina Social da UFPE e médico do sistema municipal de saúde, Rodrigo Cariri, “o acolhimento já está sendo implantando na rede municipal de saúde, paulatinamente, em cinco unidades do município”. Na ocasião, o assessor executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Eronildo Felisberto, em nome do secretário municipal de Saúde, falou sobre a importância da parceria entre o governo e a UFPE. “Vemos com clareza a necessidade de integrar essas duas partes; os profissionais de saúde que estão sendo formados precisam entender como funciona o sistema público de saúde”, afirmou.

Ainda nesta sexta-feira (24), será realizada uma oficina para cerca de 220 pessoas, entre gerentes de território e apoios institucionais da Secretaria Municipal de Saúde e preceptores, tutores e alunos da UFPE vinculados aos distritos sanitários IV e V – que corresponde às zonas Oeste e Sudoeste.

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