Direitos Humanos e Segurança Cidadã
PREFEITURA PRESTA HOMENAGENS AO PADRE HENRIQUE
Uma sessão solene na Câmara Municipal do Recife marcou, na manhã desta quarta-feira (27), os 40 anos da morte do padre Antônio Henrique Pereira Neto, torturado e assassinado em maio de 1969, durante a Ditadura Militar. O padre foi coordenador da Pastoral da Arquidiocese de Olinda e auxiliar direto do então arcebispo Dom Hélder Câmara. O evento contou com a participação do ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, da secretária municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Amparo Araújo, da vereadora Marília Arraes – autora do requerimento da sessão, além de familiares e amigos do religioso e de representantes de movimentos de luta pelos Direitos Humanos.
Segundo Amparo Araújo, a homenagem, além de justa, faz parte do projeto nacional Direito à Memória e à Verdade. “Essa homenagem tem um simbolismo. Estamos replicando o projeto nacional que é o Direito à Memória e à Verdade. É uma nova linha de ação da secretaria, da gestão do prefeito João da Costa, e faz parte da identidade do Recife. A memória é que concretiza a identidade de um povo e não poderíamos deixar essa história cair no esquecimento”, afirmou.
Durante a solenidade, o vereador Luciano Siqueira leu uma carta escrita pelo arcebispo Dom Helder Câmara, em que ele narrava tensos momentos entre a informação do assassinato e o velório do Padre Antônio Henrique. No documento, Dom Helder relatou em detalhes a forma como o religioso foi torturado e morto e registrou também o fato de a família não ter tido acesso ao corpo do padre. O vereador concedeu aos familiares do Padre Henrique a Medalha do Mérito José Mariano, maior comenda outorgada pelo Legislativo.
Uma das irmãs do Padre Henrique, Isaíras Padovan, ressaltou a emoção de receber a homenagem pelo trabalho realizado por seu irmão. “Vejo nesse resgate de história a volta da justiça social, dos direitos humanos e, acima de tudo, da liberdade. É um momento de emoção e de alegria. Nos sentimos ainda um pouco injustiçadas pela existência da impunidade, mas que é atenuada pelo reconhecimento do mérito de todas as ações e trabalho do Padre Henrique”, disse.
O ministro Paulo Vannuchi falou que Pernambuco e Recife estão mais uma vez de parabéns por se preocuparem, há vários anos, com o resgate desses grandes símbolos da luta pelos Direitos Humanos no Brasil. “Essa sessão solene registra um dos casos que o Brasil mais precisa conhecer, resgatar e discutir. Ele derruba grandes mitos do regime militar, que costumam ainda negar a existência de torturas ou insinuações de que os torturados eram terroristas. É preciso quebrar o ciclo da impunidade”, defendeu o ministro.
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