A política de controle do consumo do cigarro adotada pela Prefeitura do Recife é destaque, nesta quinta-feira (30), no II seminário Alianças Estratégicas Para o Tabagismo, promovido até sexta (31), na cidade de São Paulo. Realização da organização não-governamental (ONG) Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), a proposta do evento é integrar entidades públicas e privadas para discutir estratégias de combate ao fumo, buscando o fortalecimento das ações com este intuito por meio de troca de idéias e mostras de trabalhos.

Na edição 2009, a Secretaria de Saúde do Recife será mediadora numa roda de debates onde vão ser colocadas as experiências de municípios com táticas semelhantes. “Além do intercâmbio de idéias e iniciativas, nossa participação é importante para reiterar a posição do Recife como referência mundial no combate ao tabagismo. Pela importância das entidades envolvidas, é mais um reconhecimento aos nossos esforços nessa luta”, afirma a coordenadora municipal de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer, Maristela Menezes.

Por indicação da Prefeitura do Recife, o encontro contará ainda com a presença da professora Cecile Soriano, docente da Universidade de Pernambuco (UPE) – primeira instituição de ensino superior a ter uma unidade considerada Ambiente Livre do Fumo. “Cecile é uma das grandes articuladoras da política antitabagismo na universidade, respondendo pela implantação da proposta nas instalações das faculdades de Educação Física e de Ciências Médicas. No seminário, ela relatará a experiência da instituição, com foco nos ganhos obtidos com a decisão, fortalecendo o sucesso da nossa empreitada”, explica a gestora.

Estratégias – Desde 2007, a Secretaria de Saúde do Recife vem investindo no projeto de abordagem básica ao fumante nos postos de Saúde da Família. Todos os profissionais do programa foram capacitados para inserir na rotina de atendimento o aconselhamento sobre os riscos do tabagismo, orientando os usuários a respeito de como parar de fumar, incluindo a busca por tratamento na rede, cuja estrutura começou a ser aperfeiçoada em 2004.

Outra iniciativa municipal de grande impacto para a redução na incidência de fumantes na capital pernambucana foi o início, a partir de 2002, da implantação dos Ambientes Livres do Fumo, seguindo a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Dados internacionais apontam que a inalação passiva da fumaça de derivados do tabaco por fumantes e não-fumantes é a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Perde apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. Atualmente, o Recife conta com 7.873 espaços de convivência livres do fumo, entre unidades de saúde, shoppings, repartições públicas e privadas, ONGs e escolas.

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