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Cultura

ESCRITOR CRISTOVÃO TEZZA BRINDA PÚBLICO COM PALESTRA NA LIVRARIA CULTURA
00:00 Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009

O público lotou o auditório da Livraria Cultura, nesta quarta-feira (19), para assistir a palestra do escritor, professor universitário e crítico, Cristóvão Tezza. O autor, que escreveu mais de dez romances, entre eles Trapo, Breve espaço entre cor e sombra, O fotógrafo e o mais recente e várias vezes premiado O filho eterno, cativou a platéia com explanações sobre a construção de sua personalidade literária e processo criativo.

O secretário de Cultura do Recife Renato L, fez questão de comparecer, dada a importância do evento. “Iniciativas como essa de trazer um nome como o de Tezza para dialogar com o público recifense só demonstra a seriedade do Festival A Letra e A Voz, o que confirma o compromisso da nossa gestão, que é de garantir o acesso democrático à cultura”, falou. Além do secretário, estiveram presentes escritores, estudantes, amantes da literatura e jornalistas, que queriam conhecer de perto um dos nomes mais incensados da literatura brasileira na atualidade. Entre eles o crítico de cinema, jornalista e cineasta, Luiz Joaquim, que aproveitou a oportunidade para saber um pouco mais do autor. “Vim conferir se o que ele tem a dizer corresponde ao que se lê sobre ele”, disse Joaquim.

A apresentação e primeiras perguntas à Tezza ficaram a cargo do doutor em Literatura e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Anco Marcio, que lançou questionamentos sobre a origem da motivação em escrever O filho eterno, título onde o escritor aborda os conflitos de um homem que tem um filho com Síndrome de Down e que arrematou prêmios como o Jabuti, São Paulo de Literatura, do 4o. Prêmio Bravo! Prime de Cultura, da Associação de Críticos de Arte de São Paulo e ainda Prêmio Portugal Telecom, todos em 2008.

Sobre sua obra mais comentada, Tezza explicou que “apesar de perigosamente parecer um romance autobiográfico” teve o cuidado de separar-se do protagonista, escrevendo em terceira pessoa. “Assim pude ter o distanciamento necessário para lidar com o personagem, mesmo tendo tanto em comum com ele. Cristóvão Tezza tem um filho com Síndrome de Down e declara ser essa a experiência mais impactante de sua vida. Mas a principal mensagem dada pelo escritor foi passada quando perguntado por um integrante da platéia sobre as suas motivações para escrever e como traçar o caminho até o reconhecimento do público. “Escrever é uma aposta pessoal. É um compromisso que alguém faz e traça para si mesmo e não para a sociedade. Ninguém pede para que eu, ou ninguém escreva. Então, o sucesso ou o fracasso não devem ser parâmetros para um escritor. Antes de ganhar esses prêmios, perdi muitos outros, mas continuei escrevendo”, afirmou.

Sobre o autor - Cristovão Tezza nasceu em Lages, Santa Catarina, mas adotou Curitiba como cidade para viver e desenvolver sua obra, onde vive há 50 anos. Publicou mais de dez romances, entre eles Trapo, Breve espaço entre cor e sombra, O fotógrafo e O filho eterno, sendo esse último o primeiro a escrever diretamente no computador – antes escrevia tudo à mão e passava a limpo posteriormente. É professor do curso de Letras da Universidade Federal do Paraná. Na área acadêmica, publicou “Entre a prosa e a poesia – Bakhtin e o formalismo russo”, sua tese de doutorado, e escreve eventualmente resenhas para a revista Veja e os jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.

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