A Prefeitura do Recife, por meio da Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb), levou, nesta quinta-feira (27), o projeto Reaproveitar com Arte para a comunidade da Rua do Rio, no Jiquiá. O objetivo é estimular a preservação do meio ambiente através da arte. A oficina será ministrada até o dia 02 de setembro, por um arte-educador e um articulador social. As aulas acontecem a partir das 14h e têm duas horas de duração.

Durante o curso, os moradores da comunidade irão aprender sobre limpeza de ruas e canais e também conhecerão técnicas para transformar os resíduos descartados, como garrafas PET e tampinhas em brinquedos, bijuterias e artigos de decoração. A cada dia os alunos produzirão uma peça diferente.

“Nessa primeira aula, procurei ensinar a eles sobre a importância dos três R: reduzir, reaproveitar e reciclar. É importante que a comunidade entenda que nem tudo o que está no lixo é lixo. Cerca de 80% desse material pode ser reaproveitado. Além da preservação, esse trabalho também serve para gerar renda para essas famílias”, disse a arte-educadora, Maria Gorete Xavier.

As aulas acontecem na casa da líder comunitária, Ana Maria Celestino. “Estou muito feliz com essa oportunidade que a Prefeitura está nos proporcionando. O curso serve para o aprendizado e a socialização dessas pessoas”, disse. A resposta está sendo imediata. “Estou tendo noções de reciclagem e de trabalhos manuais. E o mais importante é que nós mesmos trazemos o material que será usado durante as aulas, ajudando a manter a comunidade limpa”, explicou a aluna, Simone Jaqueline, que é dona de casa e pretende vender os objetos que irá criar.

Após a conclusão da oficina, será agendado um dia para a entrega dos certificados e apresentação dos trabalhos produzidos. O projeto Reaproveitar com Arte é desenvolvido desde 2006 e já foi realizado em mais de 30 comunidades do Recife. “Nas áreas onde atuamos já percebemos que a comunidade diminuiu o despejo de lixo nos canais. Além de ser uma ação ecologicamente correta, acarreta em maior tempo de limpeza do canal, diminuindo os custos da Prefeitura na desobstrução da rede de drenagem e ajudando a evitar os transbordamentos causados pelo acúmulo de lixo e a presença de animais vetores de doenças”, explicou a assessora sócio-ambiental da Empresa Metropolitana de Limpeza Urbana (Emlurb), Jane Cristina.

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