1o Dia: 1a Sessão: Curta Mix Brasil 3 2a Sessão: Curta Mix Brasil 1
2º Dia: 1a Sessão: Caminho das Índias, de Tom Keegan (documentário) 2a Sessão: Curta Mix Brasil 2
3º Dia: 1a Sessão: Curta Mix Brasil 4 2a Sessão: Japan, Japan, de Lior Shamriz (longa-metragem)
PROGRAMAÇÃO
Japan Japan, de Lior Shamriz (Israel/Alemanha/EUA, 2007, 65 min., fic)
Aos 19 anos e recentemente dispensado do exército, Imri muda-se de uma cidade periférica de Israel à efervescente e exótica Tel-Aviv. Ele divide o apartamento com um colega e consegue trabalho numa loja, decidido a economizar dinheiro para no futuro se mudar pro Japão. Enquanto aprende japonês, ele desfruta da noite local em encontros diversos com homens. Há uma guerra acontecendo há poucos quilômetros, mas ela parece ainda mais distante que o Japão. O filme, rodado com menos de 200 euros, mistura cenas pré-escritas com muitas que foram improvisadas. Em seu primeiro longa, o realizador Lior Shamriz queria estruturar uma história ficcional como se ela fosse um documentário. O filme foi um dos destaques do 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual. Classificação indicativa: 18 anos.
Caminho das Índias, de Tom Keegan (2008, EUA, 70’, doc.)
Em sua estréia na direção de longa-metragem, o realizador Tom Keegan investe num tema recorrente em seu trabalho, a família gay. Ele também atua como diretor de vozes para famosos videogames e em teatro performático, onde versa sobre relações gays, AIDS e viagens. Somando suas referências, Keegan acompanha neste documentário intimista uma viagem muito especial do casal David Gere e Peter Carley. Junto a seus dois filhos, eles deixam pra trás o conforto de Los Angeles para se embrenhar por nove meses pela Índia, com a intenção de combater a AIDS. Quais são as suas armas de conscientização? Intervenções de pintores, manipuladores de marionetes e performers de toda espécie. Através da arte, eles pretendem ajudar a melhorar o tenebroso cenário da doença no país. Explorando as alegrias e dificuldades dessa família em sua missão, o filme examina o papel dos homossexuais no combate à AIDS em escala global. Classificação indicativa: livre.
CURTA MIX BRASIL 1 Classificação indicativa:14 anos
A Tal Guerreira, Marcelo Caetano (Brasil/SP, 2008, 14 min., doc)
O mito que cerca a saudosa cantora Clara Nunes tem muito de sacro e de profano. Mostram-se dois grupos distintos de pessoas em constante diálogo: os seguidores do templo Clara Nunes – que acreditam que ela se tornou um orixá Yansã no momento de sua morte – e o travesti Michelly – que a cada noite personifica a cantora numa boate gay.
Amanda e Monick, de André Costa (Brasil/PB, 2008, 19 min., doc)
O documentário aborda a vida de dois travestis no interior da Paraíba e a possibilidade de quebra do preconceito perante a sociedade, mostrando que o que vale em qualquer relacionamento é a felicidade.
Beijo na Boca Maldita, de Yanko Del Pino (Brasil/PR, 2008, 16 min., doc)
Muito popular na Curitiba dos anos 1970, Gilda marcou época. Tipo folclórico de rua, dizia-se travesti. Quem não quisesse levar um beijo seu, apressava-se em lhe dar um trocado – ou um beijo, ou uma moeda. Todos fugiam de seus gracejos.
Homens, de Lucia Caus e Bertrand Lira (Brasil/ES, 2008, 22 min., doc)
Em depoimentos sinceros, ouvem-se histórias de coragem que revelam alegrias e desencontros vividos por homossexuais em pequenas cidades do Nordeste do Brasil. Menção honrosa pelo júri internacional do 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.
Phedra, de Claudia Priscilla (Brasil/SP, 2008, 13 min., doc)
Documentário sobre a atriz Phedra de Córdoba, cubana e transsexual que vive no centro de São Paulo.
CURTA MIX BRASIL 2 Classificação indicativa: 18 anos
As Fugitivas, de Otávio Chamorro (Brasil/DF, 2007, 13 min., fic.)
Quando Pedro descobre que sua mãe, dona Salustiana, desviava o dinheiro que seu pai lhe mandava, ele convence o namorado, Duduzinho, a fugir com ele para viverem felizes para sempre. Mas os dois não sabiam que intempéries do destino atrapalhariam a fuga do casal apaixonado. Uma comédia-pastelão. Vencedor do Coelho de Prata para Melhor Roteiro no 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.
Carnaval Inesquecível, de Pedro Severien (Brasil/PE, 2007, 6 min., exp.)
Bonecos gigantes e monstruosos, orquestras de frevo acossadas por papangús aloprados, vilões e heróis de araque, um desfile de moda, frentistas que abastecem os próprios corpos com gasolina, cachoeiras de urina, casas que se movem entre foliões embriagados e um marido alcoólatra. Estas são algumas das situações que Laura encontra na busca por liberdade e chapação.
Filthy, de Queer Fiction (BrasilRS, 2007, 17 min., exp.)
Mostra-se a relação íntima e liberada entre duas garotas que descobrem juntas os prazeres da carne. Esta paródia muito suja versa sobre a inocência e a descoberta da violência.
Fly, de Marcio Salem (Brasil/SP, 2007, 20 min., fic.)
Diogo, um jovem de 17 anos, está se preparando para o vestibular e se sente muito inseguro em relação ao seu futuro. Ele vive com Murilo, um artista plástico de 27 anos, no estúdio deste no centro de São Paulo. Juntos, eles se divertem e dividem experiências. Murilo ensina a Diogo o amor à arte e como sobreviver na cidade grande. Mas um dia Diogo terá de enfrentar seu destino por conta própria.
Páginas de Menina, de Mônica Palazzo (Brasil/SP, 2008, 19 min., fic.)
O filme, ambientado nos anos 1950, conta a história de Ingrid, uma jovem apaixonada pelos livros e pela leitura que começa a trabalhar na livraria de sua cidade, Araraquara, no interior de São Paulo. Lá conhece a gerente da livraria, Silvia, uma mulher elegante e madura. O primeiro encontro intelectual se torna afetivo e marcará suas escolhas futuras de maneira duradoura.
CURTA MIX BRASIL 3 Classificação indicativa: 12 anos
Amigas, de Márcio de Lemos (Brasil/SP, 2008, 19 min., fic.)
Numa mistura de Almodóvar e Woody Allen, esta é a história de Sônia, uma mulher que espera sozinha por seu amante num quarto de motel. Já sem esperanças de que ele apareça, ela decide se suicidar, mas a música de seu cantor sertanejo favorito a faz buscar conforto num telefonema para sua melhor amiga, Maria Eunice. O que Sônia não sabe é que esta ligação não será a última.
Café com Leite, de Daniel Ribeiro (Brasil/SP, 2008, 18 min., fic.)
Danilo iria sair da casa paterna para morar com seu namorado, Marcos, quando seus pais morrem num acidente de carro. Ele se torna responsável por seu irmão de 10 anos, Lucas. Novos elos são criados entre esses três homens. Enquanto os irmãos precisam aprender a se conhecer melhor, Marcos tenta descobrir se há um lugar para ele nesse novo arranjo familiar. Entre videogames e copos de leite, dor e decepção, eles reaprendem a conviver.
Cinco Minutos, de Ricky Mastro (Brasil/SP, 2008, 10 min., fic.)
Só foram necessários cinco minutos para o seu mundo deixar de girar. Ao acordar naquela manhã, Alice não poderia imaginar que nunca mais ouviria a voz de Adélia. E pensar que suas últimas palavras foram “boa noite”. Todo seu amor, toda sua alegria, a força de estar ao seu lado por todos esses anos, tudo isso sufocado no silêncio do veludo.
Noite Fria, de Felipe Camargo Adami (Brasil/SP, 2007, 15 min., fic.)
Andrea quer mudar sua vida. Mariá ama Christian. Christian ama Andrea. É uma história sobre o amor e a impossibilidade de um triângulo amoroso.
Os Sapatos de Aristeu, de Luiz René Guerra (Brasil/SP, 2008, 17 min., fic.)
O que acontece depois da morte de Diana, travesti que de batismo é Aristeu? Depois de ser preparada por sua família da vida, as amigas travestis, ela é levada até a casa da mãe, que decide enterrar o corpo em roupas masculinas, o que gera um conflito entre as duas famílias. A dificuldade de os parentes biológicos aceitarem a nova identidade de Aristeu – e a redenção que surge da colisão de dois mundos muito distintos – revela a complexa vida social de cidadãos como Diana/Aristeu. Vencedor do Coelho de Prata para Melhor Fotografia no 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.
CURTA MIX BRASIL 4 Classificação indicativa: 18 anos
A Visita, de Gilberto Perin (Brasil/RS, 2007, 28 min., fic.) É a história de Beto, que volta à cidade natal para uma exposição. Um homem e seus amigos, sua mãe, seus fantasmas. Amor, morte, solidão, sexualidade, dor, a descoberta do Outro. Esses temas estão sempre presentes na obra do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. O filme parte de alguns de seus contos.
Depois de Tudo, de Rafael Saar (Brasil/RJ, 2008, 12 min., fic.)
Depois da despedida, a espera. Depois da espera, a volta. Depois de tudo, o que mais querem é estar juntos, e um dia basta para que esperem pelo próximo. Vencedor do Coelho de Prata para Melhor Interpretação (Ney Matogrosso e Nildo Parente) no 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.
Entre Cores & Navalhas, de Catarina Accioly e Iberê Carvalho (Brasil/DF, 2007, 15 min., fic.)
O cabeleireiro Antony vai todos os dias de ônibus para o seu salão de beleza. Um dia, percebe a cobradora Esperança, de beleza encoberta pelo maltrato. Com o passar dos dias, Antony e Esperança estabelecem uma relação que não pode ser qualificada por convenções sociais. Esse encontro desencadeia uma profunda mudança na vida e na aparência de ambos. Vencedor do Coelho de Prata para Melhor Edição no 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.
Orgia, de Igor Penna (Brasil/BA, 2007, 5 min., exp.)
Uma ode ao desejo e à diversidade. Baseada na obra teatral homônima de Pier Paolo Pasolini, essa tragicomédia mostra um empresário numa noite decisiva. Ele retorna ao escritório e começa a questionar sua relação com o poder e a diversidade. Depois de beber e filmar um discurso seu, o empresário busca a catarse numa atitude radical em favor da existência, da desobediência e de um mundo comprometido com a luta pela diversidade.
Para que não me ames, de Andradina Azevedo e Dida Andrade (Brasil/SP, 2008, 17 min., fic.)
Marisco, um homem que nunca disse “eu te amo”, conhece na prisão Vivita, um travesti que insiste em sonhar. Vencedor do Coelho de Ouro (Melhor Filme) no 16o Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual.