O Museu de Arte Popular (MAP), equipamento cultural da Prefeitura do Recife, promove, na próxima segunda-feira (23), a conversa/debate Arte Popular: um centenário como referência. O evento, que acontece às 15h30, no auditório da Livraria Cultura (Bairro do Recife), tem como partida as comemorações do nascimento de Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, além da repercussão, os ecos na cultura, no entendimento e na divulgação da arte popular de sua obra.

De acordo com a gerente de serviços do MAP, Marcela Wanderley, a conversa acontece dentro da programação da Mostra Vitalinos, em cartaz no museu desde o mês de junho. “É uma ação para ressaltar a importância do homem que marcou para sempre as artes do Nordeste e do Brasil. Temos aqui 32 peças de artistas como Zé Cabloco, Manuel Eudócio, Zé Rodrigues, entre outros seguidores do mestre”, situa. A mostra, em cartaz no Museu de Arte Popular, conta também com obras do acervo do museu além de peças de coleções de outras instituições, de particulares e ainda imagens inéditas que são resultado de uma pesquisa fotográfica, além de textos e documentários, que ajudam aos visitantes compreender melhor o universo de Vitalino e sua contribuição para a história da arte brasileira.

Para a conversa foram convidados o museólogo e antropólogo Raul Lody, a jornalista Maria Alice Amorim e o museólogo Henrique Vasconcelos Cruz, que recentemente realizaram uma (re)visitação à memória das narrativas do barro, sendo em artigos, em curadoria de exposições, em organização de catálogos comemorativos.

SOBRE OS CONVIDADOS – Raul Lody é museólogo e antropólogo, responsável por vários estudos e publicações na área das religiões afro-brasileiras, como o Dicionário de Arte Sacra e Técnicas Afro-Brasileiras, SantoTambém Come, pesquisador e curador de instituições como a Pierre Verger, que realizou no Recife a exposição Arte do Barro e o Olhar da Arte | Vitalino e Verger, no Instituto Cultural Banco Real.

Maria Alice Amorim é doutoranda pela PUC-SP, graduada em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e em Psicologia pela Faculdade de Filosofia do Recife (Fafire). Exerce o jornalismo especializado em reportagens culturais, colaborando em revistas e suplementos, e realizando conferências. Dedica especial atenção à poesia popular e aos estudos etnográficos referentes à arte figurativa e aos folguedos populares. Autora do livro Carnaval – cortejos e improvisos (2002), em co-autoria com o pesquisador Roberto Benjamin. O ensaio sobre arte popular na obra Pernambuco: cinco décadas de arte. Autora do ensaio Improviso: tradição poética da oralidade, que integra o livro Literatura e Música, co-edição do Itaú Cultural e editora SENAC (2003). Acaba de publicar a dissertação de mestrado - No visgo do improviso ou A peleja virtual entre cibercultura e tradição - editado pela Educ, São Paulo. É uma das curadoras da mostra Vitalinos do Museu de Arte Popular.

Henrique Vasconcelos Cruz é museólogo, bacharel em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atua no Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco. Desenvolve pesquisas sobre a vida e obra de Mestre Vitalino, bem como História dos Museus e da Museologia no Brasil. É membro do Conselho Consultivo do Fórum de Museus de Pernambuco.

Serviço:
Conversa Arte Popular: um centenário como referência
Quando: 23 de novembro (segunda-feira)
Horário: 15h30
Onde: Auditório da Livraria Cultura - R. Madre de Deus, s/n
Informações: 3232-2803 / 3232-2969 - educativomap@hotmail.com


 

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