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Cultura

MAIS UMA NOITE DE SHOWS ANIMA A RUA DA MOEDA
00:00 Sábado, 26 de Dezembro de 2009

Nesta sexta-feira (25), grande parte do público recifense que ainda aproveitava o feriado natalino para se divertir foi ao Polo da Rua da Moeda, no Bairro do Recife, acompanhar mais uma noite de shows promovida pela Prefeitura do Recife, neste Natal da Paz. Cinco atrações fizeram a festa para uma plateia composta por pessoas das mais variadas idades e estilos, ainda no clima dos festejos da noite anterior.
 
Um grito foi o ponto de partida do show da primeira atração da noite. A banda Tacape subiu ao palco apresentando músicas de nítido caráter experimental, com bases eletrônicas que se complementavam a uma banda composta por guitarra, baixo e bateria. Tudo isso, dando suporte para as performances curiosas da artista Isabelle Gusmão, que funcionavam como extensão das músicas. Esta foi a segunda apresentação do grupo, que é formado por artistas plásticos e audiovisuais. “A banda começou a partir de um trabalho chamado Teoria da Interferência Externa, onde a idéia era a mistura de música e imagem, com a questão da performance e da interatividade, e com a utilização de softwares”, explicou Isabelle.
 
Logo em seguida, quem subiu ao palco, com a Rua da Moeda já lotada, foi o grupo Eta Carinae, que, sob a batuta do vocalista Dirceu Melo, mostrou ao público o mesmo show que fizeram em vários países na sua mais recente turnê na Europa, com um repertório que mesclou canções do seu primeiro disco, Mirando a Estrela, e do EP virtual Alquimia. Entre guitarras pesadas e programações, um som dançante e de qualidade, com pitadas de tudo um pouco, sem preconceitos. O necessário para levantar plateias não só de Recife, mas de qualquer parte do mundo.
 
Um dos melhores shows do Polo da Rua da Moeda ficou por conta de Zé Cafofinho & Suas Correntes, terceira atração da noite. O carisma do frontman Tiago Andrade – alter ego de Cafofinho – e a qualidade do som que a sua banda (as Correntes) faz, com influências que vão de ritmos latinos ao dub, dão um molho especial ao show, que mesclou canções dos dois discos lançados pela trupe: Um Pé na Meia, Outro de Fora; e Dança da Noite, lançado neste ano. “E esse show aqui, de hoje, é legal porque é num lugar onde agrega muita gente, num clima interessante. Por isso, espero ter uma aceitação boa, e que temos tido até agora, com o público que tem comprado os discos e que também está baixando as músicas na internet”, disse Zé Cafofinho.
 
A apresentação parecia ser uma das mais esperadas da noite. Vide a empolgação do público, que dançou do início ao fim, e as palavras de quem assistiu com atenção. “Eu vim aqui hoje pra ver Zé Cafofinho, pois todo mundo me falou muito bem dele. E, realmente, eu concordo. Eu achei exatamente tudo o que me falaram e mais um pouco. Gostei muito”, disse o físico Alexandre Sena. O show ainda contou com a participação do cantor China, que dividiu com Cafofinho os vocais na música Espinho, parceria da dupla, que promete a dobradinha na apresentação de China, na noite deste sábado (26).
 
Em seguida, foi a vez do cantor Júnior Black subir ao palco e apresentar ao público canções do seu primeiro disco solo, RBG, que será lançado em 2010. Com sua voz inconfundível, ele referendou-se, mais uma vez, como um dos mais versáteis cantores da cena musical pernambucana, apresentando um som que agrega influências da black music, eletrônico e rock. “Temos no nosso som muito beat e muito groove e procurei escrever nas letras sobre coisas que me vinham à cabeça, sem pudor e com bastante liberdade. Acho que esse show vai agradar e divertir muito o público”, declarou Black, pouco antes do show, acertando em cheio.
 
Encerrando a noite, mais groove com o grupo A Roda, que agitou o público com um som poderoso, que mistura jazz, ritmos caribenhos, merengue e muito funk. Um grupo quase instrumental, pois trouxe mais uma vez Júnior Black ao palco. Ele integra a banda desde 2007 e é o 10º elemento do grupo. Um fim de noite de Natal divertido para quem procurou uma programação diferente da tradicional, como o estudante Jobson Silva, 19 anos. “Aqui é a melhor alternativa pra se divertir nessa época. Dei uma fugida de casa e não me arrependi. Estou gostando demais”, confessou.

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