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Cultura

BONS SHOWS ENCERRAM O CICLO NATALINO NA RUA DA MOEDA
12:13 Domingo, 27 de Dezembro de 2009

Um numeroso público marcou a última noite de shows do Pólo da Rua da Moeda, Bairro do Recife, neste sábado (27). Durante três dias, diversas atrações da cena musical alternativa passaram pelo palco, que teve como proposta principal oferecer músicas dos mais diversos gêneros na programação do Natal da Paz, promovido pela Prefeitura do Recife.

Quem abriu a noite de shows foi a novíssima banda Radistae, que tem como espinha dorsal do seu som o surf rock instrumental, com influências de The Pops, The Ventures, Dick Dale, Big Lazy, Jimmi Hendrix e outros. Com apenas quatro meses de estrada na bagagem, o grupo nasceu de uma afinidade imediata entre Yuri Queiroga, Gabriel Melo, Chico Tchê e Pernalonga. “Logo que a gente se juntou, vimos de cara que a gente queria fazer surf music”, conta Gabriel. As batidas aceleradas do gênero se alternavam a versões inusitadas, em ritmo de faroeste, da Oração de São Francisco e da Missa do Vaqueiro (Luiz Gonzaga). Encerrando o show com Misirlow (tema clássico de Dick Dale que ficou conhecido na trilha do filme Pulp Fiction), a Radistae foi responsável por reunir um bom público em frente ao palco, mostrando ser uma grande promessa para 2010, com um som instigante e de qualidade.

Em seguida, foi a vez do grupo Eletrorganic subir ao palco. “Inicialmente, a idéia era ser uma banda apenas instrumental, com um som de pista, que tivesse como base o drum’n’bass”, explica o guitarrista William Melo, um dos fundadores. Em 2008, trazendo influências da música gospel, do jazz e da bossa-nova, integrou-se à banda a vocalista Ruth Ferreira, completando o time. Com músicas do seu primeiro EP no repertório do show, além de versões de clássicos como “Água de Beber”, a Eletrorganic fez um show animado, que contou com a participação do Mago MC, da banda Confluência. “Esse foi o maior público em show aberto para o qual já tocamos. Esperamos que muitas portas se abram com essa apresentação de hoje, que foi muito importante”, disse William.

O terceiro show já contava com uma platéia formada por centenas de pessoas. O cantor China fez uma das apresentações mais aguardadas da noite, acompanhado da sua H. Stern Band, “uma banda formada por pérolas preciosas”, como ele próprio define. Com sua dança e malemolência inigualáveis, China levantou o público com um repertório em grande parte composto por canções do seu mais recente disco, Simulacro, lançado em 2008, passando até mesmo por sucessos setentões de Roberto e Erasmo Carlos. China foi acompanhado, em coro, pela gigantesca platéia, formada principalmente por garotas enlouquecidas, fãs ardorosas do cantor. “Ele é lindo demais, minha gente! Dança muito e canta bem. Com um homem desse cantando no meu ouvido, eu não quero mais nada na vida”, disse a estudante Caroline Almeida, uma dessas fãs. “Hoje estava lindo e eu observei que todo mundo estava cantando também. Eu devo isso a dois motivos: as músicas que a gente disponibilizou gratuitamente na internet e ao fato de termos feito muitos shows durante o ano. Isso ajuda a fortalecer o público”, declarou China, contente ao fim do seu show.

Um show competente foi a marca da quarta atração da noite: Chico Correa & Electronic Band. Reunindo a música popular nordestina (trafegando pelo coco, maracatu e repente) à eletrônica, os integrantes do grupo apostam na universalidade da música para dar vida a algo interessante de se ouvir. “Eu nasci em Petrolina, grande parte do pessoal é da Paraíba, nosso saxofonista é suíço, mas, na realidade, a música tem apenas fronteiras imaginárias e cada show nosso é diferente, traz uma novidade, que parte disso”, falou Chico Correa. “A gente não toca tanto por aqui, e esperamos poder vir mais vezes. E hoje é uma honra pra gente tocar na Rua da Moeda, que tem uma simbologia muito forte para a cena independente pernambucana e brasileira. Queremos criar uma conexão mais constante com esse lugar”, disse.

Encerrando a noite, diretamente do Alto do Moura, o cantor e compositor Ortinho. Acompanhado dos músicos Xandinho, Paulo Morcego e Serjão, ele apresentou um show onde apenas as cordas compunham a formatação da banda. No repertório, de tudo um pouco de Ortinho. Desde músicas da sua antiga banda, a Querosene Jacaré (como “Você Não Sabe da Missa Um Terço”), passando pelos dois discos solos (“Ilha do Destino” e “Somos”), até canções da sua mais nova safra, algumas em parceria com ex-Titã Arnaldo Antunes, como ele fez questão de lembrar ao longo da apresentação, que fechou com chave de ouro a programação de shows na Rua da Moeda.

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