Carnaval Multicultural do Recife
DUDU NOBRE: “FOLIA DO RECIFE É A MAIS DEMOCRÁTICA DO BRASIL”
05:18 Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2010
“Valeu a pena esperar”. A frase era repetida por dezenas pessoas no Polo descentralizado de Nova Descoberta, durante o show do cantor e compositor carioca Dudu Nobre, última atração da noite de encerramento do Carnaval Multicultural 2010. A expectativa criada desde a divulgação da programação pela Prefeitura do Recife transformou-se numa grande festa, assim que o artista subiu ao palco e colocou todo mundo para sambar ao som de seus principais sucessos, além de músicas que fizeram a história do samba brasileiro, como “Trem das onze”, de Adoniram Barbosa, e “Amélia”, de Ataufo Alves, entre outras.
Principal parceiro de Zeca Pagodinho, responsável pelo show de abertura do Carnaval do Recife, Dudu conta que sempre quis participar da folia da cidade, que considera a mais democrática do Brasil. “Em outros locais, a minha participação ou de qualquer outro sambista é restrita aos polos mais populares. Aqui não, cantei no pólo principal e depois aqui, o que comprova a descentralização e a democratização da festa recifense”, explica.
Sobre a boa recepção dos pernambucanos ao seu trabalho, Dudu Nobre justifica lembrando que o Recife tem grandes sambistas e que a cidade é um dos polos do ritmo no Brasil. “Aliás, no nosso País o samba é popular em praticamente todos os estados”, ressalta. Sobre o sucesso da carreira e a parceria com Zeca Pagodinho, ele diz que tudo foi acontecendo aos poucos e foi resultado de vários fatores.
“Comecei a compor muito cedo e depois passei a trabalhar com as pessoas certas. No caso do Zeca, trata-se de um amigo de infância, pois costumava frequentar os pagodes na casa da minha mãe. A gente é partideiro (de partido alto) e muito ligado, mas acho meu estilo musical mais parecido com o do Almir Guineto”, explicou.
Autor de músicas gravadas por Martinho da Vila, Beth Carvalho e de grupos de samba como “Fundo de Quintal”, Dudu colocou um pouco dessa sua trajetória na programação do show que fez em Nova Descoberta, levando o público ao delírio.
“Pense num show arretado meu amigo, nem parece fim de Carnaval”, disse o pedreiro José Belarmino da Silva, com um largo sorriso. Já as vizinhas Daniele Rosa, de 14 anos, e Mirian Santos, de 16, não paravam de sambar. “Este era o show mais esperado desse Carnaval, pois não pude ir ao Marco Zero assistir a sua primeira apresentação”, contou Daniele, enquanto cantava em coro mais um sucesso de Dudu Nobre.

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