O aniversário de 473 anos de fundação da capital pernambucana foi comemorado, nesta sexta-feira (12), de forma diferente por cerca de 2,5 mil estudantes de 100 escolas da rede municipal de ensino. Durante todo o dia, eles trocaram os livros e as salas de aula pelo contato direto com os principais equipamentos urbanos, turísticos e culturais da Cidade, como praças, museus, mercados, monumentos e pontes.

Patrocinado pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, o roteiro incluiu passeios de barco pelos rios Capibaribe e Beberibe, visitas aos fortes do Brum e Cinco Pontas, Torre Malakof e Marco Zero, além de aulas ao ar livre sobre as atividades educacionais e de formação cidadã desenvolvidas há 50 anos pelo Movimento de Cultura Popular (MCP).

Um dos roteiros principais teve como cenário o Pátio de São Pedro, no bairro de São José, onde a Prefeitura do Recife mantém em funcionamento diversos equipamentos culturais importantes, como o Museu de Arte Popular, o Núcleo de Cultura Afro-brasileira, a Casa do Carnaval e os memoriais Luiz Gonzaga e Chico Science. As atividades envolveram cerca de 200 alunos de oito escolas municipais.

No Museu de Arte Popular, os estudantes tiveram a oportunidade de acompanhar a exposição “Caminhos do santo”, sobre a religiosidade e as manifestações populares de fé do povo nordestino. O acervo inclui terços, velas, ex-votos, esculturas e imagens sacras e uma série de fotografias sobre a festa do Morro da Conceição, no Recife, e o santuário de Padre Cícero, no Juazeiro do Norte (CE).

Aluno da Escola Municipal São Cristóvão (Guabiraba), Rodolfo Amorim, de 14 anos, gostou muito do que viu. “Gostei muito da história sobre São Longuinho e as estátuas de madeira. É uma coisa diferente, principalmente para mim, que sou evangélico”, frisou. Também aluna da São Cristóvão, Suellen Renata, de 16 anos, disse que a exposição mostra com muita emoção o sentimento religioso do povo. “É legal ver o que as pessoas são capazes de fazer em nome de sua fé e também a grande variedade de santos retratados pelos artistas populares”, opinou.

Após visitar o Memorial Luiz Gonzaga, ao lado dos colegas da Escola Municipal Rodolfo Aureliano (Várzea), Cleiton de Araújo, de 13 anos, contou que nunca tinha visto uma sanfona de perto. “Gostei bastante da visita, especialmente por ver de perto a roupa que Luiz Gonzaga usava, seus instrumentos musicais e seus primeiros discos”, disse, com um largo sorriso.

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