Nem mesmo a manhã nublada desta segunda-feira (22) tirou o brilho e a cor das 18 embarcações que participaram da Barqueata realizada no Rio Capibaribe, em comemoração ao Dia Mundial da Água. Os barcos partiram do bairro de Casa Forte e atracaram na Rua da Aurora, no centro do Recife.

Essa foi mais uma ação integrada da Prefeitura do Recife, que foi promovida pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam), em parceria com a autarquia de Saneamento, Emlurb, Iasc, Fundação e Secretaria de Cultura, além das secretarias de Assistência Social, Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Educação e Saúde. Houve, ainda, a parceria de ONG´s, do Comitê de Bacia do Rio Capibaribe, do Movimento Recapibaribe, da AVIP, da Cinkel, do Colégio Equipe, da Concrepoxi, da Moura Bubeux e da CPRH.

“Queremos despertar para a consciência de que o rio, os canais e o mar são partes de um sistema do qual precisamos cuidar e zelar, afinal, são deles que nos alimentamos e de onde tiramos o sustento”, disse o secretário de Meio Ambiente, Roberto Arrais. Ainda de acordo com o gestor, a tarefa é difícil, mas, com a ajuda de todos, é possível. “A prefeitura tem projetos, como o Capibaribe Melhor que tem, entre outros, o intuito de revitalizar. Mas é preciso pensar nos 270 quilômetros do Rio, que passam por 42 cidades, por isso, precisamos trabalhar de forma integrada com os governos municipal, estadual e federal, e, principalmente, da população”.

Nos cerca de 10 quilômetros percorridos pelas embarcações, a beleza da imagem da mistura do rio, com os pássaros e os prédios da cidade, era comprometida pela poluição no Capibaribe. Os mais comuns foram sapatos e sacolas plásticas. Mas, os participantes encontraram, também, televisão e pára-choque de carro. “Peço para a população que não jogue lixo no canal, pois, ele está acabando com a nossa vida. Antes eu vivia feliz, conseguia um bom dinheiro com a pescaria, hoje a dificuldade é muito grande”, falou o pescador Paulo Pessoa de Lacerda Filho, que vive das águas há 30 anos. Realidade também lembrada pelo Secretário Roberto Arrais: “No inicio da década de 60 havia botos no Rio Capibaribe. Quem viveu nessa época e não lembra do remo e das competições?”.

As atividades para comemorar o Dia Mundial da Água, continuam durante toda esta semana.

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