Para promover a reflexão sobre a questão de Gênero, a Prefeitura do Recife, através de uma ação conjunta entre as secretarias da Mulher e de Direitos Humanos e Segurança Cidadã e Orçamento Participativo (OP), exibiu o curta-metragem “Vida Maria”, na noite desta quarta-feira (07), às 19h, na Praça de Jardim São Paulo (RPA-5), como parte da programação de encerramento do Mês da Mulher.

A película começou a ser exibida na UR-2 (Ibura – RPA 6) e será levada a outras RPAs. Com nove minutos de duração, o filme foi produzido em computação gráfica e dirigido por Márcio Ramos. “O objetivo dessa ação é trazer o cinema que fale das mulheres pra perto da população”, explicou a titular da Secretaria Especial da Mulher, Rejane Pereira. Na ocasião também foi apresentado um vídeo da organização não-governamental Cidadania Feminina, com 12 minutos de duração, produzido pela Ventilador Cultural, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres do Governo Federal.

Para a balconista Ângela Maria, de 44 anos, o cinema é uma boa forma de promover a discussão de gênero. “Apesar da situação da mulher na sociedade vir melhorando muito, ainda há muito o que avançar. Acho que o cinema pode ajudar a trazer essa discussão”, disse. E o público da sessão não se resumiu às mulheres. O garçom Beto Alves, de 66 anos, é delegado do OP em Jardim São Paulo e acompanhou a atividade. “É importante abrir a mente do povo, pois a violência contra as mulheres ainda é grande”, comentou.

Em todas as sessões de cinema, a plateia recebe refrigerante e pipoca. Na sexta-feira (9) a exibição acontece na RPA-1 (Ilha de Santa Terezinha – Santo Amaro, em frente à sede da Associação dos Moradores); dia 14, na RPA-2 (Rua Bomba do Hemetério, em frente à Escola Gigantes do Samba); dia 16, na RPA-3 (Largo Dom Luis –Casa Amarela); e no dia 22, na RPA-4 (Praça da Igreja da Torre), semprer às 19h.

O filme - Vida Maria foi produzido em 2006 e no ano seguinte foi o filme mais premiado em todos os festivais de cinema realizados no País. O curta mostra uma realidade do interior do Nordeste: crianças que têm sua infância interrompida muitas vezes para ajudar a família a sobreviver. Infância que se resume aos poucos recursos e a más condições de vida

A Maria que aparece no filme mostra satisfação no que faz, em apenas escrever seu primeiro nome. E no momento em que sua mãe lhe chama a atenção, lhes é tirada, não só a atenção, mas seu futuro de ser uma pessoa diferente da sua mãe, que não tem visão do amanhã, e deu à filha a mesma criação que teve. A Maria larga os estudos para trabalhar e enquanto trabalha ela cresce, casa, tem filhos e envelhece.

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