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Direitos Humanos e Segurança Cidadã

MAPEAMENTO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIRO É LANÇADO NO RECIFE
18:47 Sexta-feira, 9 de Abril de 2010

Numa parceria que visa à identificação e ao reconhecimento da população praticante das religiões de matriz africana na Cidade, Governo Federal e Prefeitura do Recife lançaram, na tarde desta sexta-feira (09), o Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Terreiro. A solenidade de lançamento aconteceu no Centro Cultural Rossini Alves, na Boa Vista, e contou com a presença da assessora executiva da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSC), Niedja Queiroz; além do secretário de Políticas para as Comunidades Tradicionais do Governo Federal Alexandro Reis; e do diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), Marco Aurélio Loureiro.

Quatro capitais brasileiras – Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Porto Alegre (RS) e Recife (PE) – receberão o mapeamento, cujo objetivo é identificar, reconhecer e apresentar dados para a promoção de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional e melhoria da qualidade de vida nas comunidades tradicionais de terreiro. “Não vamos fazer apenas um levantamento do terreiro, mas de toda a população que mora no entorno, quais as suas demandas e necessidades. Isso será importante para a implementação de políticas públicas específicas nessas localidades, assim como o controle social de todas as ações que venham a ser realizadas”, disse a assessora executiva da SDHSC, Niedja Queiroz.

Na solenidade de lançamento estiveram presentes cerca de 200 pessoas, entre religiosos e representantes políticos, além da sociedade civil. Para o secretário de Políticas para as Comunidades Tradicionais – ligada à Secretaria de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Alexandro Reis, “este mapeamento é uma reivindicação histórica, que visa a combater o racismo em todo o País. E é um papel do Governo Federal não só acolher essa reivindicação, mas transformar isso em política pública. E isso não seria possível se não tivéssemos uma noção de como vivem essas comunidades, qual sua faixa etária, entre outros dados relevantes, a fim de que esse resultado desse uma orientação segura das ações que devem ser implementadas”, disse.

Uma equipe de pesquisadores da Filme de Quintais (instituição vencedora da concorrência pública e que ficará responsável pelo levantamento) percorrerá os terreiros para entender como estas pessoas vivem. Através de um questionário padrão, serão levantadas questões sócio-econômicas, religiosas e culturais dos frequentadores desses espaços. “Compreendemos que a tradição que a população negra tem construído nessa Cidade, e cuja importância tem reafirmado para nós, é muito significativa. E esperamos que essas políticas públicas possam estar presentes no cotidiano da nossa população, e nos respondam quem somos, onde estamos e como vivemos. Para que possamos construir novas vidas e novas realidades, que estejam presentes e alicerçadas na nossa história cultural e nas nossas esperanças”, declarou a diretora de Igualdade Racial do Recife, Rosilene Rodrigues.

Para o diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Marco Aurélio Loureiro, o mapeamento permitirá uma política específica que vise a atender as especificidades de cada terreiro. “O Brasil é muito diversificado, o território é continental, gigantesco. Não podemos pensar políticas públicas indistintas. Cada estado, cada cidade, cada bairro, assim como cada terreiro tem sua peculiaridade, uma dinâmica e uma vida”, lembrou.

Durante a solenidade, quatro babalorixás e uma yalorixá realizaram um oriki aos orixás, numa saudação aos seus ancestrais, que representam a história de luta e resistência da população negra. Logo em seguida, com um canto para Exu – o orixá mensageiro –, o coro espalhou axé para todos, na esperança de que essa ação permita ao povo brasileiro reconhecer e legitimar uma cultura que consolidou a sua identidade e que, ao longo dos séculos, deseja apenas a realização de um sonho: a conquista da cidadania.

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