Com intuito de evitar a mendicância e enfrentar a situação de vulnerabilidade que as pessoas se encontram nos sinais e nas ruas da cidade, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Assistência Social e do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc), promove, mais uma etapa da Campanha Doação Cidadã. A atividade começou na manhã desta terça-feira (13), na Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Hospital da Restauração, e segue até a sexta-feira (16), nos sinais de trânsito dos mais diversos bairros da cidade e em mercados públicos municipais.

Permanente, o trabalho tem intuito de sensibilizar a população sobre a importância de não realizar doações nos sinais e nas ruas, estimulando, assim, uma doação responsável e cidadã. Desta vez, o público alvo são os motoristas, que recebem material de divulgação da campanha como panfletos, adesivos para carro e sacolinhas de lixo, além da orientação sobre a importância de não contribuir com a mendicância. “Sempre fazemos em períodos de grandes festas, mas, observamos que este é um período de um maior número de pessoas, sobretudo de crianças em situação de medincância”, disse a secretária de Assistência Social. Diferente do que possa parecer entregar uma simples moeda na rua traz graves conseqüências. “O fato de estar nas ruas atrapalha o processo educacional das crianças e põe o adulto no risco de perder os benefícios sociais, pois, constatamos que muitos deles fazem parte de programas municipais ou mesmo federais”, afirmou a titular da pasta.

Através do número 0800 281 0248, os interessados podem buscar informações sobre as diversas formas de se fazer uma doação responsável. “Pode-se procurar ONGs, entidades e instituições sérias. Algumas não realizam o trabalho com tanto sucesso, por falta de doações. Então, quem preferir pode se tornar um voluntário desses espaços”, exemplificou a conselheira tutelar da RPA-6, Severina Valkíria, que acompanha a Doação Cidadã desde o começo, há cerca de cinco anos. “Realmente houve diminuição de famílias nas ruas e aumento de famílias inseridas em programas sociais do governo. O mais importante é que essas pessoas não têm voltado às calcadas, sinal da importância dessa continuidade”, opinou Valkíria.

A população apoiou a abordagem. “Muito boa a iniciativa e concordo, tanto que nunca dou esmolas na rua”, afirmou a motorista Elisângela Silva. Para a delegada da Temática de Assistência Social, Marli Marques, a causa é tão nobre que a fez sair de casa, em Santo Amaro, para se unir ao grupo. “É preciso empenho de todos nós, afinal, não adianta dar esmolas e a situação das pessoas não mudar”.

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