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Educação, Esporte e Lazer

ALUNOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO CONHECEM DE PERTO CULTURA INDÍGENA
17:32 Segunda-feira, 19 de Abril de 2010

Os alunos da Rede Municipal de Ensino estão tendo a oportunidade de conhecer os costumes e tradições dos primeiros habitantes do País, os índios, com atividades culturais que acontecem desta segunda (19) – Dia do Índio -, até a próxima sexta-feira, no Sítio Trindade, em Casa Amarela. A iniciativa é uma ação conjunta das secretarias de Educação e Cultura.

Na abertura das atividades, ocorridas durante todo o dia de hoje, mais de cem estudantes do 1º ao 4º Ciclos participaram de oficinas de pintura com pigmentos primitivos e contação de histórias. Para os alunos da Educação de Jovens e Adolescentes (EJA) e dos cursos profissionalizantes, a Secretaria de Educação preparou várias atividades que acontecem logo mais, a partir das 19h30. Entre elas, a Roda de Prosa e Documentário sobre o cotidiano do povo indígena, com o objetivo de promover reflexões e debates acerca do assunto. Ainda estão programadas para acontecer até o final da semana, danças indígenas, oficina de modelagem em argila e uma feirinha de artesanato com produtos produzidos pelos próprios índios.

Sob a sombra de um pé de genipapo, um grupo de crianças assistiu atentamente a uma história contada por Sérgio Romualdo, mais conhecido como Hã – Hã – Hãe (O Filho Pequeno da Natureza), índio da tribo Kiriri, da cidade de Serra Vermelha, interior da Bahia. O índio, que no grupo se destacava pela indumentária composta por caxixi e cocá, contou a história de sua tribo, formada por 2 mil índios. Ao final da viagem, os alunos formaram uma grande roda e simularam uma pequena dança indígena. “Acho muito importante esse evento, pois desmistifica a imagem que nós índios temos perante a sociedade. Aqui mostramos a nossa dança, nossos rituais, nossa arte, e também que nós não somos selvagens”, comenta Sérgio.

Mais adiante, um outro grupo de alunos recebia orientações sobre a arte da pintura indígena. Alunos da Escola Municipal Otávio Meira Lins, do bairro do Vasco da Gama, experimentavam as texturas da argila branca, marrom, preta, extraídas da própria natureza e que embelezam tanto a própria pele dos índios quanto seus objetos de decoração. “Esta oficina tem como objetivo levar aos alunos aqui presentes um pouco da riquíssima estética utilizada pelos índios com elementos da própria natureza como o urucum, a argila, elementos que representam beleza e simbolismo”, disse Áurea Bezerra, professora de Artes Plásticas da PCR.

O resultado agradou aos alunos. “Estou adorando esta oficina. Com a argila podemos fazer muitas coisas. Também estou gostando muito de conhecer a pintura dos índios”, destacou Maria Eduarda da Silva, uma das alunas da escola. Vão atuar como orientadores oficineiros, nos quatro dias de evento, professores da Rede e mediadores de leitura, além de coordenadoras dos núcleos de arte da Secretaria de Educação. O ponto alto do evento será a participação especial de índios como os Fulni-ô, de Águas Belas, Pankaruru, de Floresta, Xucuru (Pesqueira) e Kambiwa, de Ibimirim.

Confira toda programação
Dia – 19/04
Das 19h30 às 21h – exibição de documentários e roda de prosa
Dia 20/04
Das 8h30 às 11h – contação de histórias e oficinas de danças indígenas
Das 14h às 16h30 – contação de histórias e oficinas de artesanato indígena
Das 19h30 às 21h – exibição de documentários e roda de prosa com a liderança indígena Eliza Pankararu

Dia 22/04
Das 8h30 às 11h – contação de histórias e oficinas de pintura com pigmentos naturais e modelagem com argila
Das 14h às 16h30 – contação de histórias e oficinas de pintura com pigmentos naturais
Das 19h30 às 21h – exibição documentário de Wilson Freire sobre a tribo Xucuru, seguida de uma roda de prosa com o vice-cacique Xucuru, Zé de Santa, e a líder indígena Francisca Kambiwa
Dia 23/04
Das 8h30 às 11h – contação de histórias e oficinas de pintura com pigmentos naturais e artesanato indígena (com índios da tribo Fulni-ô)
Das 14h às 16h30 – contação de histórias e oficinas de teatro, música e dança indígenas
Das 19h30 às 21h – exibição de documentários do Centro Luiz Freire

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