Atalhos de navegação:

        Diário Oficial Agenda do Prefeito Fale conosco

 

RSS lista de noticias do grupo O que é isso?

Cultura

RECIFENSES CONHECERAM A LETRA E A VOZ DE ELVIRA VIGNA
00:00 Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010


A escritora falou sobre o seu último trabalho, Nada a Dizer, além de explicar sobre sua relação com os personagens de seus livros

Por Jaciana Sobrinho

Conhecida por muito tempo apenas como jornalista, a escritora Elvira Vigna, que é também artista plástica e roteirista, foi a convidada do Festival Recifense de Literatura para o painel “A Letra e a Voz”, desta terça-feira (24). Além do grande público, a palestra, que foi mediada pelo jornalista Schneider Carpegiani, contou com a presença do secretário de Cultura do Recife, Renato L., seu assessor técnico, Fred 04; a diretora do Programa Multicultural, Luciana Veras; e a diretora da Gerência Operacional de Literatura e Editoração (Gole), Heloísa Arcoverde.

Elvira saciou a curiosidade da plateia contando e respondendo às perguntas mais freqüentes em torno do seu trabalho e da maneira como ela cria seus personagens. “A pergunta mais frequente é: Elvira, essa pessoa do livro é você?”, diz a autora, entre risos. “É claro que os personagens têm algo de mim, do meu eu, mas eu não preciso necessariamente viver algo para escrever sobre isso. Os personagens e as histórias podem ser fruto de observação e convivência ou, simplesmente, da minha imaginação”, completa ela.

Em seu último trabalho, Nada a Dizer, Elvira narra o drama que envolve dois casais numa história de adultério. A voz que conta detalhadamente a traição é a da mulher traída, o que surpreende os leitores e gera diversas especulações sobre a relação da personagem com a autora. “Depois de se esforçarem para acreditar que essa mulher não sou eu, muitos querem saber se ela é masoquista, pois ela insiste em ouvir do marido todos os detalhes da traição, dos encontros. Eu digo que ela apenas quer entender o que motivou a falência do seu relacionamento, ao mesmo tempo em que pretende fazer o outro se ouvir da sua própria boca a confissão dos erros cometidos, como uma vingança”, explica Elvira.

Na visão da autora, um ponto forte da personagem principal é que ela não se faz de coitadinha, embora sinta-se destruída. “Ela nos faz enxergar o fio da teia em que seu marido se enrolou e deixa a reflexão de que a mentira é uma atitude reacionária e conservadora de alguém que tenta evitar uma mudança, uma dor”, conclui Elvira.

Elvira Vigna – É jornalista, trabalhou por diversos períodos para os periódicos O Globo, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. O último foi o Jornal do Brasil, onde publicou artigos sobre arte contemporânea. Foi dona da Editora Bonde de da revista literária A Pomba. É diplomada em Literatura Francesa, emitido pela Universidade de Nancy (França), em 1975. Tem formação em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes, e, nessa área, fez duas exposições, na década de 90. Escreveu alguns livros infantis, mas, desde 1988, voltou-se para o público adulto, publicando os seguintes livros: Sete Anos em um Dia; O Assassinato do Bebê Martê; Às Seis em Ponto; Deixei Lá e vim e Nada a Dizer.

Matérias Relacionadas
- Prefeitura realiza seminário sobre políticas de leitura e redes de bibliotecas
- João Trevisan fomentou debate em torno da Literatura Homoerótica
- Curso ensina como criar blogs literários
- As interfaces da arte-educação será tema de discussão no CFAV
- PCR abre inscrições para Concurso de Contos Luís Jardim
- PCR realiza seminário que discute a sustentabilidade e ampliação das bibliotecas
- Mamam convida imprensa para bate-papo com a artista Ana Letycia
- Isabela Cribari lança Nordeste feito à mão
- A Letra e a Voz de Joaquim Nabuco são mote de discussão na Livraria Cultura
- Escritores apresentam um retrato das culturas periféricas
- Teatro Barreto Júnior exibe O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas
- Curso apresenta introdução sobre crítica de poesia
- Prefeitura do Recife divulga resultado de concurso de bolsas para o Spa das Artes 2010
- Terça Negra anima o Pátio de S. Pedro com reggae, black music e coco
- Concerto marca intercâmbio cultural entre Brasil e Itália
- Diálogos entre Arte e Público encerra com trocas de experiências
- Santa Isabel completamente tomado para a Abertura do Festival Recifense de Literatura
- Teatro do Parque comemora aniversário com programação especial
- Começa neste domingo a oitava edição do Festival A Letra e a Voz
- Projeto Diálogos entre Arte e Público coloca acessibilidade cultural em pauta


Enviar    Imprimir