Mais de duas mil pessoas foram até o Marco Zero para prestigiar a largada de centenas de barcos com destino à Noronha.
 
Mais de 600 velejadores de sete países e de 13 estados do Brasil, em 131 barcos de diferentes tamanhos e potências, largaram do Recife, no Marco Zero, com destino ao Arquipélago de Fernando de Noronha, na tarde deste sábado (25), durante a XXII Regata Oceânica Internacional Recife – Noronha (Refeno). O evento que reuniu mais de duas mil pessoas, é uma realização do Cabanga Iate Clube em parceria com a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo. 
 
Este é o maior evento oceânico da América Latina e da Ilha de Noronha, segundo informou o diretor geral da regata, Marcos Medeiros. Os participantes percorrerão 500 quilômetros, ou 300 milhas náuticas, de distância até Noronha. O recorde de tempo até o local é de 15 horas velejando. O tempo máximo para os barcos, com menor potência, atracarem no Porto de Noronha é de 72h. Segundo o assessor executivo do Recife, Carlos Braga, desde que a regata foi transferida para o Marco Zero, a prefeitura identificou o evento como um excelente produto turístico.
 
“As pessoas que vêm de outros estados e países do mundo para o Recife, neste período, são responsáveis pelo aquecimento da economia local. O gasto médio diário do turista no Recife é de R$ 300, que são aplicados nos serviços de restaurantes, bares, táxis, hotéis, artesanatos e outros. Vale lembrar, que os participantes da regata chegam na cidade com cinco ou dez dias que antecedem o evento. Então, levando em consideração os dez dias, a regata é responsável por injetar uma média de R$ 1,5 milhão no mercado recifense”, declarou.
 
Ainda de acordo com Carlos Braga, o evento é extremamente importante porque envolve todos os setores da cadeia produtiva desde o barraqueiro ao segmento hoteleiro. Segundo o diretor da Refeno, Marcos Medeiros, a regata é feita em 13 categorias para equalizar e tornar a disputa justa. Por isso, são dadas cinco largadas, a cada 20 minutos, de acordo com os tamanhos e potências dos veleiros.
 
“Esta a maior regata da América Latina em distância e número de barcos. Os mais rápidos saem no final, depois saem os intermediários e os mais lentos partem no início. Este ano, por conta das condições climáticas, não será possível chegar ao arquipélago em 15h. Acredito que o tempo mínimo será de 24h porque com os fortes ventos o mar ta com ondas de até quatro metros de altura”, esclareceu.
 
Este ano, aderiram a competição velejadores da França, Estados Unidos, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimã, Portugal, Argentina e Paraguai. Do Brasil, além de Pernambuco, estavam presentes representantes dos estados do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e até do Distrito Federal. A premiação dada ao vencedor, além do privilégio de estar em Noronha, é um troféu em formato de barco. Em 2009, o barco Sorsa do Rio de Janeiro foi o vencedor da Refeno.

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