Uma plateia de mais de 160 mulheres, representando diversas instituições feministas, assistiu ao Seminário no prédio-sede da PCR

Ao abrir, na manhã dessa quarta-feira (6), no auditório Capiba, da Prefeitura do Recife, o Seminário de Direitos Sexuais e Reprodutivos, a secretária Especial da Mulher, Rejane Pereira, frisou “ser a discussão das mulheres um compromisso político da atual gestão, que tem dado todo apoio à implementação de programas direcionados ao segmento”. Rejane Pereira revelou que a pasta da Mulher iniciará, agora em outubro, o mapeamento para saber quem são, quantas são, onde estão e qual a cor das servidoras municipais. A atividade integra as ações do Mês do Servidor.

A secretária falou para uma plateia de mais de 160 mulheres, representando diversas instituições feministas que lutam pela equidade de gênero, grupos de saúde, da educação, da assistência social, da economia popular e solidária, além de associações das seis RPAs. O Secretário Municipal de Saúde, Gustavo Couto, prestigiou o seminário e fez uma saudação às mulheres, destacando a contribuição da gestão para a construção de um diálogo consensual com respeito às diferenças de gênero, garantindo igualdade e acessibilidade a todas as pessoas.

O seminário teve como palestrantes a presidente do Grupo Curumim, Sueli Valongueiro, que abordou o tema direitos reprodutivos; a diretora da ONG Uyala Mucagi, Vera Baroni, que falou sobre saúde e direitos da mulher negra; a representante da Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo, Nanci Feijó, que falou das ações do órgão; e a diretora de Atenção à Saúde da Mulher, Benita Spinelli, que falou dos programas em execução pela pasta de Saúde.

Para Sueli Valongueiro, é preciso uma reflexão da sociedade, especialmente das mulheres, para saber se todos os acordos internacionais firmados pelo Brasil nas conferências de Cairo e na China sobre direitos reprodutivos das mulheres estão sendo cumpridos. Já Vera Baroni observou que os avanços na área de saúde das mulheres negras são conquistas do Movimento Feminista Internacional. E citou que esse direito à saúde só chegou com a Constituição de 1988.

Baroni lembrou, ainda, que as mulheres negras são as mais atingidas por diabetes, mioma uterino, doenças falciformes, glaucoma e hipertensão arterial. Por sua vez, Nanci Feijó focou sua palestra citando relatos do cotidiano relativos à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, o uso regular da camisinha feminina e no combate ao preconceito e à violência. A associação Pernambucana das Profissionais do Sexo foi fundada há 10 anos.

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