Em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Sífilis (16 de outubro), a PCR faz um alerta para os cuidados relacionados à prevenção e tratamento da doença.

Por Clara Albuquerque

Na capital pernambucana, entre janeiro e agosto de 2009, foram identificadas 127 ocorrências de sífilis em adultos. Este ano, no mesmo período, 144 casos estão notificados. Os dados referentes à Sífilis Congênita – transmitida pela mãe à criança durante a gravidez – registram 135 casos em 2009 e 100 em 2010. Já para a infectação em gestantes, 52 casos foram identificados no ano passado e 24 este ano. Para minimizar a quantidade de registros e esclarecer a população sobre a necessidade de prevenção e tratamento, a Secretaria de Saúde promove atividades ao longo de todo o ano.

O combate à Sífilis está focado em duas vertentes: prevenção e tratamento. Além do fornecimento de preservativos em todas as unidades de saúde da rede municipal, a Saúde se preocupa com a passagem de informações e orientação à população. Ações de sensibilização e conscientização do homem em relação à doença, por exemplo, são realizadas em ambientes de trabalho onde haja concentração do gênero. Todos os anos, materiais educativos e preservativos são distribuídos por profissionais da saúde no Sindicato da Construção Civil, no bairro do Fundão. “Por uma questão cultural, o homem não costuma procurar as unidades de saúde. A resistência, muitas vezes, acontece por causa da dedicação excessiva às atividades profissionais, o que não é tão comum entre as mulheres”, diz o coordenador municipal de Atenção às DST e AIDS, Acioli Neto.

O tratamento é simples e oferecido gratuitamente em toda a rede municipal de saúde. Através de duas doses do injetável Penincilina Bensantina, o indivíduo obtém a cura da doença. A única sequela é a permanência da marca na pele. “É importante que este trabalho de orientação se estenda a outros ambientes como a escola e o seio familiar. Muitos dos casos de Sífilis acontecem por falta de informação”, afirma Neto.

Saiba mais – A Sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida por meio de relação sexual, uso de drogas injetáveis e de mãe para filho, durante a gravidez. Feridas que não doem no pênis, na vagina ou ânus e manchas pelo corpo parecidas com alergia, mas que não coçam, estão entre os principais sintomas. No entanto, não são todos os casos em que eles aparecem. Por isso, a Prefeitura do Recife reforça a importância do uso da camisinha, disponível em todas as unidades de saúde, para evitar a transmissão da doença, que, se não tratada, pode levar a problemas no coração, cérebro, fígado e ossos.

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