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Direitos Humanos e Segurança Cidadã

PREFEITURA HOMENAGEIA FREI CANECA
09:54 Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011

Religioso carmelita foi o primeiro desaparecido político da história do Brasil

Por Marcos da Silva

No final da tarde dessa quinta-feira (13), a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) prestou homenagem ao Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo – o Frei Caneca - religioso carmelita condenado, durante o colonialismo português no Brasil, ao fuzilamento por arcabuzes, no pátio do Forte das Cinco Pontas, em 13 de janeiro de 1825. A solenidade aconteceu no Largo das Cinco Pontas com a presença de autoridades religiosas, maçons, familiares do lembrado e transeuntes.

Estamos homenageando um herói da nossa pátria. É muito importante para a memória dos cidadãos recifenses saber a história dos heróis libertários do nosso País. Frei Caneca inaugura o desaparecimento de corpos no Brasil, fato que se repetiu no governo militar, fase sombria do Estado Brasileiro. Apesar de Frei Caneca ter sido enterrado por colegas do convento, não há registro de onde o corpo foi sepultado. Sua família e nossas crianças não podem visitar seu túmulo. Ainda há 146 desaparecidos políticos no Brasil”, acentuou a secretária de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Amparo Araújo, que representou o prefeito do Recife em exercício, Milton Coelho, no evento.

Na cerimônia ao Frei Caneca, a secretária Amparo Araújo e o grão-mestre maçom Antônio do Carmo descerraram próximo ao busto do religioso - na Praça Frei Caneca - bairro de São José - uma placa alusiva à data com os dizeres: “Tributo ao maçom Frei Caneca, herói e mártir da liberdade. Grande Oriente Independente de Pernambuco”.

O ato foi seguido por um toque de silêncio. Logo após, Coral Novo Milênio, acompanhado da banda da Polícia Militar de Pernambuco, entoaram o Hino da Cidade do Recife.

A cidade, quando permite a afixação dessas placas, permite que as pessoas tenham memória. Um povo que não tem memória, não é ninguém”, reforçou a secretária Amparo Araújo.

Nós não éramos brasileiros. O povo de Pernambuco entendeu que era chegada a hora de lutar por uma pátria brasileira. Ninguém sofreu mais do que Pernambuco na luta pela Independência do Brasil”, ressaltou o maçom Antônio do Carmo.

Tataraneto do Frei Caneca, Marco Antonio Caneca, desabafou: “Me emocionei. Esta homenagem é louvável. Na extensão do ato, acho interessante a observação de que meu tataravô, Frei Caneca, foi o primeiro desaparecido político do Brasil. Ele foi um grande homem”.

História - Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, mais conhecido como Frei Caneca, nasceu no Recife, em 20 de agosto de 1779, e foi morto por fuzilamento, também no Recife, em 13 de janeiro de 1825. Exerceu diversas atividades. Foi frade carmelita, professor, jornalista e revolucionário. Esteve à frente de momentos importantes na luta por um estado brasileiro justo e livre do domínio de Portugal como a Revolução Pernambucana, em 1817, e a Confederação do Equador, em 1824. Como jornalista, escreveu para o Typhis Pernambucano, jornal que se opunha ao imperialismo português no Brasil.

  

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