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Cultura

TEATROS APOLO E HERMILO BORBA FILHO SÃO OPÇÕES DE LAZER NO FINAL DE SEMANA
09:54 Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011

Espaços oferecem espetáculos a preços populares aos recifenses e visitantes

Neste final de semana, os Teatros Apolo e Hermilo Borba Filho, no Cais do Apolo, 121, no Bairro do Recife, estarão com dois espetáculos em cartaz, com entrada custando apenas R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). No Apolo, neste sábado (12) e domingo (13), às 16h, o espetáculo Salve a Nau Catarineta. Já no teatro Hermilo, até domingo (13), às 20h, será apresentada a montagem Rasif – Mar que arrebenta.

O Grupo de Teatro Integrarte apresenta o espetáculo Salve a Nau Catarineta, uma ópera popular baseada na obra de Altimar Pimentel “Folclore Paraibano”, com texto de Vicente Monteiro e músicas de domínio público dos folguedos paraibanos “Fandango” e “Barca”, das cidades de Areia e Cabedelo, respectivamente. O grupo conta com o patrocínio do Funcultura. Os ingressos estão à venda na sede do Integrarte, no Clube Internacional do Recife e, na bilheteria do teatro nos dias de apresentação.

O espetáculo conta a história do mestre de uma marujada, que resolve passar o comando do folguedo para um brincante mais moço, o Capitão. O Contramestre sente-se desprestigiado e resolve boicotar o trabalho do novo Mestre. Utilizando sutilmente o recurso da metalinguagem, o espetáculo mistura a história pessoal dos Brincantes/atores com a dos marujos/personagens, abordando questões milenares como a luta de classe e a relação oprimido x opressor, fazendo uma merecida homenagem ao centenário da Revolta da Chibata, ocorrida em 22 de novembro de 1910, quando o Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais, levando o marinheiro João Cândido, o Almirante Negro, a liderar uma rebelião contra os maus tratos sofridos pela tripulação.

A montagem Rasif - Mar que arrebenta, reúne doze contos do autor pernambucano Marcelino Freire. As obras escolhidas são: Tentando Entender, Tupi-Guarani, Totonha, We Speak English, Sinal Fechado, Para Iemanjá, Linha do Tiro, Da Paz, Inocente, Maracabul, Meu Último Natal e Amor Cristão. Dez contos estão no recém lançado livro que empresta o nome ao espetáculo. Já os contos Totonha e Linha do Tiro vieram de Contos Negreiros. A proposta do espetáculo é levar para cena a virulenta visão de Marcelino Freire sobre as fissuras que o tecido social brasileiro apresenta, mantendo o linguajar próprio de sua prosa, de suas “cirandas, cirandinhas”. Os contos aparecem como se fossem cantos; tratados como música: poesia gotejada direto nos ouvidos. Mas prestando-se como instrumento para discussão e posicionamento político-social, sem firulas nem derramamentos brechtianos.

“Tentando entender” é um emaranhado de verbetes que se entrecruzam, dando forma a uma ciranda que vai de língua a língua. Serve como aperitivo/aquecimento enquanto o público se acomoda em seus assentos; “Tupi-Guarani” traz as reivindicações de índios, terroristas furiosos, que invadem um espaço de brancos, sendo o discurso mediado por uma tradutora raptada; “Totonha” faz aparecer uma mulher, negra, encurralada num vale de descaso e esquecimento, que não vê sentido em aprender a ler e se recusa a fazê-lo.

“We Speak English”, ganhando ares de revista televisiva matinal, nos revela o pensamento de quem ainda alimenta as cruzadas-guerras-santas do século XXI e suas monetárias diferenças lingüísticas e de mentalidade; “Sinal Fechado” destila saudosismo e crítica ao consumismo vertiginoso, servindo-se de um diálogo entre dois homens que ganham a vida no trânsito, onde se apregoa a máxima: A culpa é do carro; “Para Iemanjá” é um canto de louvação e um pedido à mãe das águas, a orixá-senhora do mar, que evidencia a dessacralização da natureza.

“Linha do Tiro” surge como uma tentativa mal sucedida de assalto, a uma velhinha, onde reina o nonsense; “Da Paz” dá nome ao solilóquio dominical de uma costureira que apresenta seu desconforto diante de passeatas pela paz e, após expor sua ferida, confessa: só não sai matando todo mundo - sua verdadeira vontade - por que “a paz não deixa; Inocente é o depoimento de um homem sobre sua relação de medo-amor-ódio por uma criança que, a seu ver, o assedia e o seduz, levando-o a pecar contra a lei de Deus e dos homens.

“Maracabul” apresenta um mujahid mirim, garoto favelado, e suas expectativas de vida, seus ensaios de violência, acalentando o desejo/necessidade de ganhar do Papai Noel, na noite de natal, um revólver; “Meu Último Natal” acontece como uma insólita narrativa infantil, sobre um menino que tenta livrar Papai Noel da sanha assassina de outro garoto. Finalmente, o conto “Amor Cristão” é uma ode metafórica sobre o conceito do amor e suas correlações - pelo avesso cristão - com o capitalismo selvagem (globalizado) e seus sangramentos midiáticos.

Serviço:

Teatro Apolo
Espetáculo: Salve a Nau Catarineta.
Sábado (12) e domingo (13), às 16h.
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)

Teatro Hermilo Borba Filho
Espetáculo: Rasif - Mar que arrebenta.
De quinta (17) a domingo (13), às 20h.
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)

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