Com o carnaval chegando, oficinas de Frevo e Maracatu foram realizadas na Praça do Arsenal

Por Marcela Sotero

Unir esporte, lazer e cultura em um só lugar, onde todos, das mais diversas idades e classes sociais, moradores e turistas, podem participar. Esse foi o principal objetivo do Projeto Viver o Bairro: Domingo de Cultura no Bairro do Recife, que dá uma pausa, teve sua última edição neste domingo (13). A iniciativa resgata o papel da região como referencial metropolitano de comercio, serviço e moradia, restituindo a simbologia histórica e cultural do território para a população.

Ao longo do dia a Avenida Alfredo Lisboa ficou interditada para as pessoas realizarem caminhadas, andar de patins, skate ou bicicleta. “Dessa forma os jovens têm oportunidade de praticar o esporte em uma pista de qualidade e, com maior divulgação, há, ainda, a chance de conseguir patrocínio”, disse Jorge Augusto, de Nova Descoberta, que pilota BMX há cinco meses.

Já no Marco Zero foram realizadas as oficinas da Escola Aberta com pintura em tecido, biscuit, reciclagem, bijuteria, desenho, artes com balão de festa. O Programa Manuel Bandeira esteve presente com a brinquedoteca e contação de histórias.  “Poder reunir o grupo escolar com a população em geral é maravilhoso, pois todos de qualquer idade ou classe social compartilham dos mesmos aprendizados”, opinou Livânia Abreu, coordenadora da Escola Municipal Serra da Prata, na UR-5.

Com o carnaval chegando, oficinas de Frevo e Maracatu foram realizadas na Praça do Arsenal. Ministrada pelos integrantes da Escola de Frevo que ensinavam ao som da Orquestra Raízes da Terra, a aula teve uma participação especial: a filha do “Rei dos Passos dos anos 70”, Egídio Bezerra, dona Zenaide Bezerra, que tem 55 anos de frevo, e foi homenageada na última quarta-feira (9), Dia do Frevo. “Dançar faz bem para o corpo e para a alma. Mas tem que ser música quente, pois, se esfria o corpo não agüenta”, ensinou a animada passista que escolheu se apresentar ao som de “É de perder o sapato”, de José Nunes: “Esse é um frevo bom!”, falou dona Zenaide. Em seguida foi a vez de o público aprender sobre Maracatu. A aula foi dada seu Ubirajara Ferreira, ou, Seu Bira, do Maracatu do Sol Nascente, fundado em 1905 e hoje conta com cerca de 60 integrantes.

Do Palco das Agremiações, na Rua da Moeda, diversas agremiações faziam breves apresentações e seguiam em cortejo pelas ruas do Bairro. Neste domingo participaram o Afoxé Filho de Ogundé, o Bloco Afro Oju Obá, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, o Urso do Zé da Pinga e a Troça Carnavalesca A Mãe é Minha.

Recife! Nosso Centro - O programa tem como meta a requalificação integrada do centro da Cidade. Dentre as diversas ações, está o projeto Viver o Bairro, que tem como objetivo trazer o referencial cultural ao Bairro do Recife com atividades de lazer e cultura.

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