O intuito do encontro é relembrar os valores do passado e divulgar novas músicas ao público

O frevo, um dos ritmos mais importantes de Pernambuco, é a alma do Carnaval do Recife. E para manter essa tradição musical, compositores de frevos de bloco se reuniram em um café da manhã, nesta segunda-feira (7), no Mercado da Boa Vista (Pátio de Santa Cruz). O intuito do encontro é relembrar os valores do passado e divulgar novas composições.

O compositor Beto do Bandolim ficou encarregado de conduzir o seu Coral e Orquestra de Pau e Corda para apresentar os novos frevos aos foliões. “Sempre participo dos encontros para tocar as novas músicas, já que não temos muitas oportunidades de divulgá-las, sem deixar de tocar as antigas também”, explicou.

Além de Beto do Bandolim, estavam presentes Maurício Cavalcanti (que tem “Aurora de Amor” como composição mais famosa, em parceria com Romero Amorim); Marcelo Varella (ficou em 1º lugar no Festival de Música Carnavalesca do Recife, em parceria com Beto do Bandolim na categoria caboclinho, com a música “Caboclo, que passo é esse?”); Ely Madureira (compôs, em parceria com Alcides Vespasiano, o hino do bloco lírico O Bonde, lançado este ano), entre outros.

Entre as novas composições executadas estavam “Batutas, o bloco” (de Humberto Vieira e Marcelo Varella); “Bodas de Pierrot” (de Beto do Bandolim e Marcelo Varella); “Pernambuco esperando por você” (de Luiz Gonzaga de Castro); e “Para Lili com amor” (de Heleno Ramalho e Beto do Bandolim).

Foliões - Para recarregar as energias e aguentar o pique do Carnaval, o público pode degustar das delícias regionais oferecidas no mercado. Cuscuz e macaxeira com charque são as mais pedidas pelos clientes. Com menos de R$ 25,00 é possível comer bem e com qualidade. Tereza Cristina Silva, proprietária de um box no local há 12 anos, falou que o movimento sempre aumenta nesse período de festas. “Hoje, a gastronomia de mercados está muito popularizada. E nesse carnaval, o movimento está ótimo, com as pessoas procurando a comida regional. Está saindo uma média de 300 pratos por dia”.

Fantasiadas de pirata, as amigas Celina Jorge, 26 anos, e Raphaela, 23 anos, foram conferir a programação do Polo das Tradições. “Gostamos de vir pra cá porque é coberto e, como somos muito brancas, nos protegemos do sol. Também é seguro, o público é legal, diversificado, selecionado”, relatou Celine. “O Carnaval pra mim é entrar em contato com o público sem preconceitos de nenhum tipo”, disse Raphaela.

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