Saúde
SAMU RECIFE SENSIBILIZA MÉDICOS E ENFERMEIROS SOBRE RESGATE COM HELICÓPTERO
17:59 Sábado, 16 de Abril de 2011
Curso destacou a importância de acionar o serviço mesmo para ocorrências de menor complexidade clínica
Por Larissa Correia
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) do Recife é um dos poucos da rede nacional a contar em sua frota com um helicóptero. O equipamento foi disponibilizado graças a um convênio feito pelo Governo Federal e a Administração Municipal. Na manhã e início da tarde deste sábado (16), 35 médicos e enfermeiros que atuam na assistência pré-hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) passaram por uma sensibilização com o objetivo de ampliar o total de acionamentos da aeronave, que chega a uma média de 30 por mês.
Realizado na Universidade de Pernambuco, o curso foi oferecido em parceria pela Secretaria de Saúde do Recife e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A capacitação abordou assuntos como segurança de vôo, área de abrangência e restrições de uso do equipamento. Um dos destaques do encontro foi o sobrevôo na aeronave, realizado para que os participantes pudessem compreender ainda melhor a parte prática do serviço.
Há 17 anos na PRF, dos quais cinco na Divisão de Operações Aéreas, o piloto Ferreira foi um dos instrutores do encontro. “Mostramos aos profissionais a importância de acionar o atendimento mesmo para casos que não sejam de altíssima gravidade. Os custos com a manutenção do equipamento chegam a R$ 5 milhões anuais. Estudos apontam que maiores são os gastos se as vítimas tiverem lesões permanentes ou vierem a óbito. Então, é muito melhor solicitar que deixar a aeronave parada no hangar”, destacou.
O resgate aéreo pode ser empregado em praticamente todas as demandas para as quais se enviaria uma ambulância convencional, desde que haja condições ideais para pouso e decolagem. Entre as situações estão atropelamentos em rodovias, quedas de barreiras e até capotamentos de veículos. “Quem define se há condições de vôo é o comandante da aeronave. Na dúvida, sempre é melhor o profissional da regulação médica solicitar o equipamento”, reforçou Ferreira.
Em média, o helicóptero Bell 407 da PRF usado pelo Samu Recife percorre 18 quilômetros a cada cinco minutos. Equivale a dizer que, saindo do hangar em Boa Viagem (Zona Sul da cidade), o veículo chegaria numa ocorrência hipotética em Igarassu em apenas dez minutos. Se a demanda surgisse em João Pessoa, na Paraíba, distante cerca de 120 quilômetros da capital pernambucana, o percurso seria feito no dobro desse tempo. O grande deslocamento é possível graças à autonomia de vôo da viatura, que chega a 300 quilômetros, permitindo atender até mesmo a chamados de estados vizinhos.
“Queremos que nossos profissionais tenham conhecimento do potencial do serviço. O resgate aeromédico é um facilitador para atendimentos de emergência, um reforço que deve ser usado o maior número de vezes possível. Promovemos o curso exatamente para entenderem a padronização do acionamento e recorrerem mais vezes a ele”, apontou Leonardo Gomes, coordenador geral do Samu Metropolitano do Recife, que compreende os serviços oferecidos na capital pernambucana e municípios circunvizinhos, além de Condado, Goiana e Fernando de Noronha.
Funcionária do Samu Recife há três anos, a cardiologista Tereza Caldas participou da sensibilização. “Tinha somente idéia de como funcionava o serviço, por isso fiz questão de conhecê-lo. Pensava que só casos de alta complexidade poderiam ser atendidos pelo helicóptero, mas agora sei que não. Até mesmo para ocorrências mais simples, como acidentes com moto, a aeronave pode ser acionada”, exemplificou a médica.
A PRF possui 11 aeronaves, das quais seis delas, devidamente equipadas como UTI móvel, são utilizadas pelo Samu. As quatro bases ficam em Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal. Cada uma conta com uma aeronave, à exceção de Brasília, onde há duas delas. A outra viatura aérea fica como suporte para quando alguma das outras cinco passa por manutenção. A pactuação da PRF com a Prefeitura do Recife existe desde 2007. O município foi o segundo a fechar o convênio com o Governo Federal, atrás apenas de Curitiba. A capital paranaense foi a que apresentou a maior média de acionamentos em 2010: 330. No mesmo período, o Recife realizou cerca de 280 .

  

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