A Prefeitura do Recife, por meio da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) e da Vigilância Sanitária, realizou na manhã desta quinta-feira (09), a interdição de um ferro velho localizado às margens do Canal do Cavouco, na Caxangá. O estabelecimento não possuía licença de funcionamento e estava depositando carcaças de automóveis irregularmente em espaço público. A ação, que segue até o próximo sábado (11), conta com a participação da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Guarda Municipal, Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Vigilância Ambiental e o apoio da Secretaria de Defesa Social (SDS). Todo o material está sendo levado para um depósito do Município.

De acordo com a diretora da Dircon, Maria José De Biase, os proprietários dos estabelecimentos já haviam sido notificados anteriormente sobre as irregularidades e receberam um prazo para retirar o material, mas não tomaram as providências necessárias. “A ação do Município foi necessária porque o local é público e foi ocupado irregularmente. A área agora vai ficar livre e passará por intervenções do Município em benefício dos moradores da comunidade”, afirmou.

A operação da Prefeitura foi acompanhada por vários moradores da localidade e todos aprovaram a retirada das carcaças. O advogado Samuel Andrade era um deles. “O sentimento para nós é de alívio, pois o local estava cheio de ratos, de mosquitos da dengue e trazia muita insegurança para os moradores. Todos serão beneficiados com esta retirada”, afirmou. Para a Assistente Social, Bianca Gomes, a ação do Município representa uma vitória para a comunidade. “Há muito tempo que estamos lutando para que este espaço seja transformado em uma área de lazer. É uma satisfação acompanhar a retirada destas carcaças porque nosso bairro está ficando muito bonito, organizado e ninguém merece ter um ferro velho na porta”, ressaltou.

O supervisor da Vigilância Ambiental do Recife, Israel Vaz, destacou que, além da ocupação irregular, a colocação das carcaças criou um problema de saúde pública na área, pois a vigilância já havia recebido denúncias dos moradores. “Estávamos fazendo o monitoramento permanente desta área e sempre que a fiscalização comparecia ao local encontrava focos do mosquito da dengue”, afirmou.

Para a operação, foram mobilizados sete caminhões e uma retroescavadeira. Ao todo, foram 40 funcionários da Dircon, quatro agentes da CTTU, quatro guardas municipais, 10 técnicos da Secretaria de Saúde (Vigilância Sanitária e Ambiental) e 12 policiais cedidos pela Secretaria de Defesa Social (SDS). O proprietário responderá a um processo administrativo sanitário e tem 15 dias para apresentar defesa. Caso seja condenado, estará sujeito a penalidades que variam de advertência até uma multa de R$ 400 a R$ 400 mil.

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