Atalhos de navegação:

        Diário Oficial Agenda do Prefeito Fale conosco

 

RSS lista de noticias do grupo O que é isso?

Cultura

JOCA TERRON REVELA DETALHES DA SUA TRAJETÓRIA E DE SUA ESCRITA
09:53 Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011

O jovem escritor conversou com o público sobre as memórias que permeiam seus trabalhos

Os acertos, os erros e o processo de amadurecimento como escritor de Joca Reiners Terron foram esmiuçados pelo público na tarde desta terça (23), no painel Literatura e Memória, realizado na Livraria Cultura, durante a 9ª edição do Festival Recifense de Literatura. Autor de sete livros que lhe renderam boas críticas, Joca falou também sobre seu trabalho mais recente: Não há nada lá.

Com mediação do jornalista Hugo Viana, a conversa com o autor começou pelo viés da memória, tema sempre frequente nas suas obras. “Sim, eu uso minhas memórias como ferramenta para o que escrevo. Tudo pode servir de matéria prima. Mas uso não só as memórias de um passado distante, como a lembrança de um poema que posso ter lido ontem como inspiração”, conta Joca, citando o caso do seu livro Curva do Rio Sujo. “Nesse trabalho, eu conto muita coisa que vivi, mas de maneira distorcida. Não dá pra saber direito como foram os fatos”, reforça.

Sobre produção literária, Terron acredita que é preciso um certo distanciamento para que a idéia original realmente apareça no trabalho final. “Se você pensa muito sobre determinada coisa que está fazendo, provavelmente você irá perder o interesse. É preciso deixar a inspiração fluir”, afirma. “É isso que permite o leitor se sentir íntimo do autor. Quando escrevemos, nos desarmamos, somos sinceros”, acrescenta o escritor.

Por fim, Joca Terron falou um pouco sobre seu livro “Não há nada lá”, lançado em 2001, que será reeditado pelo selo Má Companhia, da Editora Companhia das Letras, ainda neste semestre. “Acho curioso que esse livro seja republicado agora, quando faz dez anos da primeira edição. Na época, ele não foi muito comentado por ninguém”, pondera. “No entanto, eu tenho pudor de publicar o que escrevo e reler depois. É um certo nojo que desenvolvo pelo meu trabalho. Depois de um tempo, você muda, você cresce e aquilo ali já não é mais o que você diria se fosse hoje. Mesmo assim, vamos ver o que acontece com esse livro”, finaliza.

Joca Reiners Terron - Radicado em São Paulo desde 1995, Joca Reiners Terron estudou arquiterura na UFRJ e formou-se em Desenho Industrial na UNESP. Foi editor e criador da editora Ciência do Acidente. Seus textos integram diversas antologias nacionais e estrangeiras, como Geração 90: os transgressores (Boitempo, 2003), Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século (Ateliê Editorial, 2004), Uma antologia bêbada (Ciência do Acidente, 2004), Dentro de um livro (Casa da Palavra, 2005), A Literatura latino-americana do século XXI (Aeroplano Editora/Centro Cultural Banco do Brasil, 2005), Contos Cruéis: as narrativas mais violentas da literatura brasileira contemporânea (Geração Editorial, 2006), Na virada do século - poesia de invenção do Brasil (2002), editada por Frederico Barbosa e Claudio Daniel, Rattapallax, editada nos EUA (2002), e Tsé=tsé, editada na Argentina (200), entre outras.

Obras
Eletroencefalodrama (Ciência do Acidente, 1998)
Animal anônimo (Ciência do Acidente, 2002)
Não há nada lá (Ciência do Acidente, 2001)
Hotel Hell (Livros do Mal, 2003)
Curva de Rio Sujo (Planeta, 2004)
Sonho interrompido por guilhotina (Casa da Palavra, 2006)
Do fundo do poço se vê a lua (Companhia das Letras, 2010)

Matérias Relacionadas
- Conversa com Marco Polo marca terceira noite do Festival de Literatura
- Mestres do Pastoril contam suas histórias na Casa do Carnaval nesta sexta (26)
- Teatros municipais estão cheios de atrações neste fim de semana
- MAP promove mostra sobre assombrações do Recife
- Secretaria de Cultura do Recife realiza atualização do Cadastro Cultural
- 9º Festival de Literatura aborda o diálogo entre as artes visuais e a literatura
- Casa do Carnaval celebra 21 anos ao lado dos mestres da cultura
- Sítio Trindade apresenta espetáculo infantil neste domingo (28)
- 9º Festival Recifense de Literatura oferece oficinas gratuitas
- Exposição The Lost Park fica em cartaz até sexta (26)
- Lucila Nogueira abre a primeira noite do “A letra e a voz do autor”
- Acessibilidade MAMAM dá as boas vindas ao público
- Seminário do Festival de Literatura debate a sustentabilidade das bibliotecas
- CFAV abre inscrições para a oficina “Trabalhos da arte - práticas sociais e mnemônicas nas artes contemporâneas”
- Rap, manguebeat e coco agitam a Terça Negra
- Exposições e Festival de Literatura na Biblioteca de Afogados e no Museu Murilo La Greca
- Poetas e músicos marcaram a abertura do 9º Festival Recifense de Literatura
- Sítio Trindade substitui peça infantil deste domingo (21)
- Recitata apresenta mais cinco finalistas
- 9°Festival Recifense de Literatura realizado pela Prefeitura do Recife inicia neste domingo


Enviar    Imprimir