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Cultura

HOMENAGEADOS


JOSÉ CLÁUDIO

José Cláudio da Silva nasceu em Ipojuca, Pernambuco, em 1932. Começou a desenhar nos papéis de embrulho da loja de seu pai, Amaro Silva. Em 1952, interrompeu o curso de Direito, da Faculdade de Direito de Recife, e ingressa no Atelier Coletivo, da Sociedade de Arte Moderna do Recife, dirigido pelo escultor Abelardo da Hora.

Na Bahia, freqüentou ateliê de Mário Cravo e Caribé. Trabalhou com Di Cavalcanti e Lívio Abhramo, em São Paulo, onde fez sua primeira exposição individual: Desenhos, Clube dos Artistas e Amigos da Arte, 1956.

Em 1957 participa da IV Bienal de São Paulo, que lhe confere prêmio de aquisição. Em 1975 pinta 100 óleos documentando aspectos da Amazônia. Fez essa viagem pelo Rio Madeira a convite do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini, que costumava levar um artista em excursões à Amazônia (hábito dos cientistas mais antigos).

Um dos desenhos da série sobre a Amazônia foi levado pelo zoólogo americano Ronald Hayer para o Museum of Natural History, da Smithsonian Instituiton, Washington. Os quadros foram adquiridos pelo governador de São Paulo, Paulo Egydio, e se encontram hoje no Palácio Bandeirantes.

Trabalhou na Bahia com Mário Cravo, Carybé e Jenner Augusto; e em São Paulo com Di Cavalcanti. Estudou gravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo; Modelo Vivo e História da Arte na Academia de Belas Artes de Roma, bolsista da Fundação Rotelini (Itália).

Lançou os livros Viagem de um jovem pintor à Bahia e Ipojuca de Santo Cristo (1965), Bem dentro (1968); Meu pai não viu minha glória (1995); e Os Dias de Ubá (inspirado no diário de viagem ao Benin, África.

Em 1992, foi um dos dez artistas brasileiros eleitos por uma comissão de críticos para fazer cartaz comemorativo dos 50 anos da chegada da Coca-Cola ao Brasil: Coca-Cola 50 anos com arte. Em 2004, pintou um painel sobre festas populares de Pernambuco para o novo Aeroporto dos Guararapes. Reside em Olinda e é o homenageado desta edição do evento Olinda Arte em Toda Parte.

ALCEU VALENÇA

Alceu Paiva Valença nasceu em 1 de julho de 1946, em São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco. Nas cercanias da Fazenda Riachão, onde foi criado, travou contato com a cultura dos cordelistas, emboladores de coco, aboiadores, cegos cantadores de feira, tocadores de forró, baião, xote e demais gêneros que compõem a identidade musical e poética do Agreste e do Sertão.

Aos oito anos, mudou-se com a família para a Rua dos Palmares, no Recife, e ali viu descortinar-se diante de seus olhos e ouvidos uma cultura diversa daquela adquirida em sua São Bento natal, mas tão pernambucana quanto a primeira. Foi então que absorveu as influências do frevo, do maracatu, dos caboclinhos, da ciranda, da poesia de Ascenso Ferreira e Carlos Penna Filho, dos programas de auditório que frequentava assiduamente - e também do cinema e da política.

Adolescente, atuou como jogador de basquete dos juvenis do Clube Náutico Capibaribe, entrou para a Faculdade de Direito do Recife, passou um período na Universidade de Harvard (EUA), trabalhou como redator em sucursais de jornais e revistas, teve seus primeiros poemas publicados nos cadernos literários do Jornal do Commercio e do Diario de Pernambuco.

Assumiu a música como ofício ao classificar três composições na fase eliminatória do Festival Internacional da Canção (F.I.C.), promovido, em 1970, pela TV Globo. Mudou-se para o Rio, onde formou o grupo Os Pernambucanos, ao lado de Geraldo Azevedo e Paulo Guimarães, que posteriormente virou uma dupla: Alceu e Geraldinho. Unindo composições de um e de outro – além de parcerias como “Talismã” – o duo lança seu primeiro disco em 1972, com respaldo da crítica e pouco conhecimento do público. A embolada “Papagaio do Futuro” é classificada no F.I.C. e defendida, no Maracanãzinho, por Alceu, Geraldo e Jackson do Pandeiro.

Dois anos depois, Alceu participa como ator do filme “A Noite do Espantalho”, de Sérgio Ricardo. Foi um impulso decisivo para que o cantor (que interpretava o próprio Espantalho) ganhasse maior visibilidade nacional. Na esteira do êxito cinematográfico, grava seu primeiro álbum solo, “Molhado de Suor” (1974).

Em 1975, Alceu se apresenta no Festival Abertura, da TV Globo, com “Vou Danado Pra Catende”. Ao lado de figuras hoje lendárias da contracultura pernambucana – Lula Côrtes, Zé Ramalho, Paulo Rafael e Zé da Flauta, entre eles – a mistura de rock com ritmos agrestinos promovida pela trupe surpreende o público e o júri, que resolve criar, na hora, a categoria Melhor Pesquisa, para contemplá-los.

O cantor gravaria mais dois álbuns na década de 70, radicalizando o experimentalismo apresentado no Festival Abertura: “Vivo” (1976) e “Espelho Cristalino” (1977), até hoje citados entre seus melhores trabalhos. Em 1978, percorre o país ao lado do mestre Jackson do Pandeiro no Projeto Pixinguinha. Aclamado pelos críticos, mas ainda distante do sucesso, Alceu decide passar uma temporada em Paris, que seria determinante para os rumos de sua carreira.

Na França, Alceu grava o até hoje inédito “Saudades de Pernambuco”, que representa um mergulho em suas raízes e estabelecia, parcialmente, as diretrizes que o consagrariam na década seguinte. Ainda na capital francesa, compõe uma música inspirada em Jackson do Pandeiro: “Coração Bobo”, que se tornaria um sucesso estrondoso, a partir de 1980.

É o momento da afirmação nacional de Alceu. De volta ao Brasil, enfileira sucessos em álbuns como “Coração Bobo” (1980), “Cinco Sentidos” (1981), “Cavalo de Pau” (1982) e “Anjo Avesso” (1983) – todos com mais de 1 milhão de cópias vendidas. Músicas como “Tropicana”, “Anunciação”, “Como Dois Animais”, “Pelas Ruas Que Andei” e “Cabelo No Pente” tomam as rádios e o coração do povo em todo o país.

Neste período, Alceu dá prosseguimento à sua carreira internacional – iniciada timidamente na França. É aclamado no Festival de Montreux (onde voltaria em outras cinco oportunidades) e no Carneggie Hall, em Nova York. Em 1985, participa pela primeira vez do Rock in Rio. No mesmo ano lança “Estação da Luz”, que sucede “Mágico” (1984) e antecipa “Rubi” (1986) e “Leque Moleque” (1987).

Na década seguinte, flerta com o blues no álbum “Andar Andar” (1990) e ratifica a ponte entre os sons do Nordeste e o pop internacional em “Sete Desejos” (1991) e “Maracatus, Batuques e Ladeiras” (1994). Seu show no Rock in Rio II é considerado o melhor do festival por um júri internacional de críticos e especialistas.

Junta-se aos parceiros de geração Elba Ramalho, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo para realizarem – no palco e em disco ao vivo - o bem-sucedido “O Grande Encontro” (1996), até hoje uma das reuniões mais festejadas da música brasileira. Revisita sua própria trajetória no disco “Sol e Chuva” (1997) e promove um regresso às raízes em “Forró de Todos os Tempos” (1998) e “Forró Lunar” (2001), reverenciados pela turma universitária que redescobriu o forró no final dos anos 90.

Sintonizado com as novas formas de distribuição de discos e com os selos independentes que proliferam no período, Alceu lança “De Janeiro a Janeiro” (2002) nas bancas de todo o país, mesmo ano em que realiza seu primeiro DVD – “Ao Vivo em Todos os Sentidos”, recorde de público da Fundição Progresso, no Rio. Uma renovada safra de grandes canções pontua o álbum “Na Embolada do Tempo” que propicia seu retorno, em grande estilo, à programação das FMs.

Em 2006, leva 150 mil pessoas ao Recife antigo para a gravação de um novo DVD: “Marco Zero ao Vivo” é uma ode ao carnaval com frevos, maracatus, caboclinhos e cirandas que ratificam Alceu Valença como a principal voz da identidade pernambucana. No álbum “Ciranda Mourisca” (2009), revisita músicas menos conhecidas de sua obra, em versões acústicas, com leve toque oriental.

Homenageado do carnaval de 2012, pela Prefeitura de Recife, Alceu prepara o lançamento de um novo disco, totalmente dedicado ao frevo. Ainda este ano, chega às telas seu primeiro filme, “A Luneta do Tempo”, onde estreia como autor e diretor de cinema. Em sua múltipla e atemporal embolada, Alceu segue se reinventando.

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