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11 - ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

O nosso Comércio, foi atingido pela Guerra Civil que irrompeu em 1824,e se ramificou por outras províncias. O estado de sítio, bombardeio da cidade do Recife, bloqueio do porto, e prolongamento da revolução, e em 1831, a alteração da tranqüilidade pública pela insubordinação da tropa e os seus levantamentos revolucionários concorreram para uma crise violenta que se levantou no comércio da praça, vítima das depredações, senão do saque, que os soldados à mão armada, cometeram, cuja situação ainda mais se agravou com o estado geral de agitação política que se operou em todo o país.

Essa instituição foi fundada por iniciativa e esforços do comendador José Ramos de Oliveira. A primeira reunião para tratar de sua fundação teve lugar a 18 de junho de 1839, ficando aprovados seus estatutos a 2 de julho seguinte, sendo dado à nova sociedade o título de Associação Comercial de Pernambuco.

Em 1°. De agosto do mesmo ano, teve lugar a instalação solene no edifício em que funcionou a Mesa das Diversas Rendas, à praça do Corpo Santo.

"... Demolido em 1911, para os trabalhos de construção do porto foi inaugurado o atual edifício em 16 de dezembro de 1915.

O prédio está situado na praça Barão do Rio Branco, entre os do London e River Plate Bank.

São três os pavimentos. O primeiro eleva-se ao nível da soleira, a uma altura de 1,90 cm. É todo ladrilhado de cerâmica americana, que é quase uma porcelana muito fina e de gosto apurado e esquisito.

As fundações são em alvenaria de pedra, e o embasamento em cantaria da Noruega, e em alvenaria recortada, com relevos que lhe dão um aspecto sóbrio e ao mesmo tempo distinto. A fachada mais importante é a que dá para o mar. No alto do frontão destaca-se um grupo de estátuas, insculpidas em cimento, na obra, simbolizando o Comércio, a Agricultura e a Indústria. Cada uma mede 13 metros. A do Comércio sustenta na mão direita um conduceu e fixa-se na atitude de quem marcha. É esbelta e dominadora. A entrada dessa fachada fica no vestíbulo, com uma escadaria de mármore branco, o qual vai até vencer-se a altura do embasamento. Daí para cima uma elegante escada de ferro, até o 3°. Andar, com degraus e corrimãos de carvalho.

No alto da escadaria de mármore, de cada lado, há uma figura alegórica, empunhando um alampadário de luz eléctrica. À esquerda do vestíbulo nota-se o espaço destinado ao elevador. Não é só essa a única escada nem o único ascensor para se subir ao pavimento superior do edifício. Como no palacete há quatro fachadas, cada uma tem a sua escadaria e o seu vestíbulo. O pavimento nobre fica situado no 1°.andar. Tanto o assoalho desse como do 2°. Andar são de acapú e amarelo. Todo o 1°. Andar foi estucado, paredes e teto, pelo decorador Paschoal Florentino.

O teto é de cimento armado, assentado em colunas de ferro.

O hall central forma duas galerias e vai desde o embasamento até o teto, rematado por uma clarabóia, circundada de cimento armado, com estuque, e no centro feita de vitrais em cores. Vitrais e rosáceas guarnecem igualmente os quadros abertos no " hall ". Essas peças de vidro colorido, que custaram na Inglaterra 10 contos de réis, trazem desenhos adequados à significação do edifício: ao café, a cana, ao cacau, ao algodão, ao fumo, etc."

( Fornece uma listagem dos presidentes da Associação, num período de 1839 e 1895. São 31 nomes começando com José Ramos de Oliveira e terminando com o Barão de Casa Forte)