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7 - SINAGOGA

Está localizada na rua do Bom Jesus, números 197/203.

A partir de 1630 os judeus da Europa migraram para o Recife, então o lugar mais próspero das Américas e onde, sob o domínio holandês, havia liberado a expressão religiosa. Dentre os inúmeros imóveis construídos nesse período, sabe-se de uma das casas grandes de sobrado (...) Com fronteira para a Rua dos Judeus (atual Rua do Bom Jesus) e que lhes servia de sinagoga. Foi a primeira sinagoga do continente, construída em 1640, chamada Zur Israel( rochedo de Israel). Em 1654 Pernambuco voltou a ser colônia portuguesa e os judeus foram obrigados a partir.

Entre 1654 e os dias atuais, as referidas casas passaram sucessivamente a vários proprietários. A rua também mudou de nome. De rua dos Judeus passou a ser conhecida como rua da Cruz e atualmente se chama rua do Bom Jesus. No início do século XX o bairro do Recife sofreu uma profunda modificação urbanística. Entretanto a rua do Bom Jesus ficou fora desta reforma, mantendo assim o seu traçado. Os seus imóveis mudaram apenas nas fachadas mantendo na sua essência, uma história de quase quatro séculos.

A antiga sinagoga funcionou nos atuais números 197 e 203 desta rua, e o seu aspecto neoclássico atual foi adquirido no século passado. Hoje existe um projeto que procura recuperar a memória judaica transformando-a num centro de documentação.

A Sinagoga está passando por um processo (projeto) de recuperação, iniciado em outubro de 1999. E em meio as escavações já foram encontrados, uma piscina e um poço (micvê) - utilizado pelos judeus para a purificação espiritual; partes de muralhas com cerca de 88 centímetros de largura - que cercavam e protegiam o Bairro do Recife no século XVII, e objetos como cachimbos holandeses, portugueses e ingleses, pedaços de cerâmica (as fainças)- alguns do século XVI.

E desde o início das escavações foram encontrados 8 níveis diferentes de pisos nos imóveis onde funcionou a primeira Sinagoga das Américas.

As escavações estão sendo patrocinadas pela fundação Safra, com o apoio do Ministério da Cultura, da Prefeitura do Recife, da Federação Israelita e da Associação para restauração da Memória judaica.