|
Atividades educativas ensinam comunidades como prevenir a dengue
Para chamar a atenção de crianças e adolescentes para o combate à dengue e outros agravos à saúde, Agentes de Saúde Ambiental da Prefeitura do Recife (ASA) vêm lançando mão de várias brincadeiras nas ações educativas. Teatro de mamulengos, jogos de pescaria e memória e trilha gigante fazem parte dos recursos lúdicos utilizados na prevenção ao mosquito da dengue nas atividades promovidas em escolas, creches, mercados públicos e eventos festivos. Durante as novas ações de combate à doença, a idéia da Secretaria Municipal de Saúde é sensibilizar os pequenos, tornando-os multiplicadores das informações junto à família e à comunidade.
Os ASAs fazem parte do Programa de Saúde Ambiental (PSA), iniciativa implantada pela gestão João Paulo no fim de 2001. A função deles é realizar inspeções diárias nas comunidades recifenses, abordando os problemas ambientais de forma integrada. Atualmente, 873 agentes atuam na capital, orientando os moradores sobre como evitar doenças, cuidar de animais, zelar pela água e a limpeza da casa e destinar corretamente o lixo. Eles também colaboram com a Defesa Civil, identificando imóveis com risco de desabamento e alagamentos.
"Desde a criação do Programa de Saúde Ambiental, já havia a proposta de realizar trabalhos educativos junto às comunidades. É uma forma de modificar a realidade existente por meio da informação e dentro de uma perspectiva de promoção e prevenção à saúde", relembra Otoniel Barros, gerente do PSA. Segundo ele, todos os agentes realizam ações educativas. Os recursos lúdicos utilizados é que variam conforme a criatividade dos agentes e as características de cada localidade.
Nos bairros que compõem o Centro e as zonas Norte, Noroeste e Sudoeste do Recife, as equipes dos agentes trabalham com teatro de mamulengos nas palestras educativas. Um desses grupos é o "ASAS da Imaginação", criado em 2005 por iniciativa dos agentes do Distrito Sanitário V da Secretaria de Saúde do Recife. Além de montagem do palco, cenário e bonecos, eles elaboram os textos e as músicas utilizadas nas apresentações em escolas, associações e na rua.
O trabalho fez tanto sucesso que, atualmente, os agentes do distrito capacitam os estagiários do Programa de Saúde Ambiental, os Asinhas, para montar seu próprio teatro de bonecos. "O impacto desse trabalho é muito grande porque chama a atenção das pessoas para os temas que nós abordamos", diz Gaspar Canuto, supervisor do PSA na zona Sudoeste da cidade. Hoje, 10 agentes, 7 Asinhas e um supervisor fazem parte do ASAS da Imaginação.
Tabuleiro gigante - No fim do ano passado, a equipe do PSA da zona Sul do Recife confeccionou um tabuleiro e um dado gigantes para que crianças e pré-adolescentes participem da brincadeira sendo os peões. Confeccionado em emborrachado E.V.A., o novo jogo está sendo usado nos eventos educativos realizados nos colégios da área. "Ao participar da competição, as crianças aprendem como se prevenir contra a doença, especialmente no que diz respeito à eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue", explica a assessora técnica da Vigilância Ambiental, Andréa Lima. Nessa época do ano, o jogo está sendo usado nas ações da dengue. Mas como as peças são móveis, outros temas são trabalhados de acordo com o período, a exemplo da raiva animal, dos cuidados com escorpião e da filariose.
|
