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CLUBE DE FREVO

Os clubes de frevo têm suas origens nas corporações profissionais existentes no Recife das últimas décadas do século XIX. Na véspera do dia de Reis, alguns membros dessas corporações não trabalhavam e, reunidos, saíam formando um alegre e numeroso cortejo. Esses grupos eram denominados Clubes Pedestres e desfilavam pelas ruas e becos das freguesias do Recife - Santo Antônio, São José e Boa Vista.

Entre esses clubes, destacam-se os Caiadores, Vassourinhas, Canna Verde, Clube das Pás de Carvão, etc., que trazem entre seus associados, trabalhadores assalariados, pequenos comerciantes, capoeiras, vendedores ambulantes, prostitutas, entre outros grupos sociais. Essa forma estratificada de brincar o carnaval revela como as camadas populares criam e desenvolvem formas particulares de participar dos festejos de Momo na cidade.

Nos anos de 1960, os Clubes Pedestres perdem essa denominação e passam a se chamar Clubes de Frevo, como influência da antropóloga norte-americana Katarina Real. Assim, os Clubes reelaboram a sua estrutura e coreografias, incorporando novos personagens e elementos. Das organizações anteriores, conservaram o uso de estandartes (uma espécie de bandeira com o nome e com as cores da agremiação, o símbolo, o ano de sua fundação e o ano em que está desfilando) e alguns símbolos, hoje, conhecidos como alegorias de mão; além de algumas figuras como o morcego, a morte e o diabo, heranças das procissões católicas realizadas no período colonial brasileiro; os capoeiras, também conhecidos como os brabos ou os valentões, que vinham à frente dos cortejos, foram substituídos por grupos de passistas; já as bandas militares cederam lugar para as orquestras de metais, que animam o cortejo, executando hinos e músicas pertencentes ao repertório de cada agremiação.

Os clubes geralmente se apresentam com a seguinte formação: Faixa ou Abre-alas, Diretoria, Balizas-puxantes, Damas de frente, Destaques, Cordões, Porta-estandarte, Passistas, Orquestra e, alguns grupos, trazem Carros Alegóricos.