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Pastoril Profano

           Conhecido como Pastoril de Ponta de Rua, o Pastoril Profano é um folguedo popular típico da região Nordeste, representado entre as festividades do Natal e Dia de Reis. No Recife, tem início entre o final do século XIX e início do XX.

           Esse folguedo nasce como crítica ao pastoril religioso, alterando forma e enredo. É caracterizado pela irreverência, pelo improviso e pela alegria de seus personagens: as pastoras, o velho e em alguns casos a borboleta e a cigana.

           As pastoras, diferentes do pastoril religiosos, se apresentam com roupas escandalosas, na maioria das vezes, vestido ou saia acima dos joelhos, com decotes arrojados, colares e pulseiras, flores e fitas na cabeça; porém mantém as tradicionais cores azul e encarnado. Nas mãos trazem pandeiros ou maracás.

           O Velho, também chamado de Bedegueba, é quem comanda o espetáculo. Sua função é fazer o público sorrir, uma espécie de palhaço de circo. O público participa de diferentes formas: com vaias, aplausos, gritos e assobios. Com rosto pintado, nariz de palhaço e roupa espalhafatosa, o Velho, ao brincar com as pastoras, canta músicas de duplo sentido e conta muitas piadas. Geralmente se apresenta com uma cobra de isopô e carrega uma maleta com objetos que servem para animar o espetáculo.

           Entre os Velhos mais conhecidos, destacam-se: Catota, Futrica, Pitota, Dengoso, Mangaba, Xaveco, Maroto, Barroso, entre outros.