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São João do Recife

          É muita lenha pra queimar!

          No período junino as tradições interioranas unem-se às tendências urbanas e invadem a cidade do Recife exibindo toda sua riqueza e espontaneidade.

          É tempo de muita dança: coco-de-roda, ciranda, xote e xaxado. As quadrilhas juninas, verdadeiros espetáculos de dança e teatro, revigoram com seus temas as tradições nordestinas. 

          Os inúmeros talentos da música regional como sanfoneiros, cantadores, violeiros e trios de forró enchem nossos ouvidos e embalam nossas almas com a poesia e a música que falam de nós. 

          Nos subúrbios da cidade vê-se a queima de fogueiras, a decoração de ruas, os arraiais, as procissões e a mescla do catolicismo popular com os cultos a Xangô.

          Por toda parte estão as comidas típicas, em barraquinhas e bares improvisados diante das casas dos moradores. 

          Na festa do fogo, da fertilidade e da devoção, o povo se reúne em busca de alegria. Celebra-se um momento único ligado aos festejos comunitários, reatando vínculos sociais que provêm da herança cultural agrária. 

          Da casa para a rua, da rua para o bairro e deste para toda a cidade vive-se o espetáculo cotidiano. Em tempos em que o ter parece estar sempre à frente do ser, traduz-se por meio da festa e da beleza o sentido concreto da verdadeira humanização.