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Reisado

           De origem portuguesa, o Reisado chegou no Brasil por volta do século XIX. O nome do folguedo é em homenagem aos grupos que brincam na véspera e Dia de Reis (06 de janeiro), comemorando a chegada do menino Jesus e homenageando os três Reis Magos (Gaspar, Melchior e Baltazar). Nessa época, os grupos saem pelas ruas levando de porta em porta, a notícia do nascimento de Cristo. Ali cantam, dançam, fazem louvações e em alguns lugares entram nas casas para saborear iguarias oferecidas pelos donos das casas.

           O brinquedo representa um conjunto de situações de outras manifestações folclóricas, como o bumba-meu-boi e pastoril. Trazem personagens variados como: rei e rainha; mestre e contra-mestre; galantes e damas; palhaços, guerreiros, reis magos; Mateus, Catirina e Bastião; personagens fantásticos e animais. Durante as apresentações, todos os personagens cantam, dançam e representam pequenos atos, como: abrição de porta, entrada, louvação ao Divino, chamadas do Rei, a guerra, encerramento da função, entre outros.

           O vestuário é confeccionado com fitas e flores, além dos espelhos, que segundo os brincantes "afastam todo e qualquer mau-olhado, lançado contra eles". O reflexo dos espelhos faz retornar todos os males desejados. Completando a fantasia dos que fazem o Reisado, os chapéus são um espetáculo à parte; têm várias formas, entre elas coroas e igrejas. Os Guerreiros trazem nas mãos espadas, que durante a apresentação protagonizam uma luta entre cristãos e infiéis (mouros, índios, negros não convertidos ao cristianismo), estes últimos, sempre derrotados e convertidos á Igreja Católica.

           Apresenta-se, geralmente, ao som de tambores, pandeiros e sanfonas.