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BOI DE CARNAVAL

As manifestações que têm o boi como figura central remontam à antiguidade, às festas de glorificação e exaltação do animal, com origens marcadas por uma forte presença religiosa. No Brasil, sua presença está fortemente ligada à força motriz utilizada na pecuária e nos engenhos de açúcar do Nordeste.

A brincadeira aparece no Carnaval do Recife como uma forma derivada do Bumba-meu-boi, auto de Natal que representa a morte e ressurreição do boi. Os Bois de Carnaval são caracterizados pela simplicidade, improviso e irreverência, e levam para a rua uma grande variedade de personagens, classificadas como figuras humanas, animais e fantásticas. Algumas são indispensáveis, como o Capitão, Mateus, Bastião, Catirina, Doutor, Padre, Arlequim, o Boi, a Ema, a Burrinha, o Babau, o Jaraguá, o Diabo, o Morto-carregando-o-vivo, a Caipora e o Mané Pequenino.

No desfile, os Bois normalmente trazem estandartes ou faixas com uma mensagem ou com um tema. Alguns grupos apresentam alas e cordões (de pastorinhas, de baianas, de caboclos, etc.), mas também há agremiações em que os personagens desfilam livremente. Diferentemente do Bumba-meu-boi, o Boi de Carnaval traz para a avenida apenas um cortejo dos personagens.

A orquestra é formada por 2 bombos, ganzá, gonguê, reco-reco (ou bage de taboca) sendo opcional o uso da alfaia, do tarol e da rabeca. Quem "tira" (canta) as loas é o tirador ou cantadeira, e as músicas podem ser compostas para o desfile ou improvisadas.

O figurino dos Bois de Carnaval utiliza diversas estampas de chitão, distribuídas em quase todos os personagens. De maneira geral, as fantasias são simples, porém bastante originais, criadas de acordo com a história de cada figura.