Atlas

Entenda o Atlas

Projeto

Algumas Conclusões

Mapas

Textos

Downloads

Expediente

........ Atlas do Desenvolvimento Humano no Recife - 2005

ALGUMAS CONCLUSÕES

Entre as metrópoles brasileiras, a esperança de vida ao nascer é menor no Recife (68,8 anos em 2000, semelhante à média nacional). Uma mortalidade infantil pior que a de algumas capitais e a alta taxa de homicídios influenciam o resultado.

Recife foi a capital nordestina com menor crescimento populacional entre 1991 e 2000: 0,92% ao ano. Junto com Aracaju (1,54%), é a única capital do Nordeste em que a população cresceu menos que no Brasil (1,63%).

A capital de Pernambuco é a segunda do Nordeste com maior proporção de adolescentes de 15 a 17 anos com filhos: 8,13% em 2000. A maior taxa é a de Maceió (10,49%).


No bairro do Recife, 91,4% das pessoas vivem sem água encanada, segundo dados de 2000. O bairro é o pior do município nesse indicador e piorou na década de 1990: em 1991, 68,98% dos moradores não tinham acesso ao benefício.

Três bairros do Recife universalizaram o serviço de água encanada: Aflitos, Santo Antônio e Torreão. Em outros oito a proporção da população sem acesso ao recurso era inferior a 1% no ano 2000: Boa Vista, Derby, Casa Forte, Hipódromo, Encruzilhada, Graças, Soledade e Ilha do Leite.

Na capital pernambucana, a diferença entre a renda do chefe de domicílio do bairro mais pobre e o do bairro mais rico é de 33 vezes. Um chefe de domicílio de Jaqueira tem renda média de R$ 5.178,64 mensais, e o do bairro do Recife, R$ 156,88.

Depois de Jaqueira, a renda do chefe de domicílio é mais alta em Casa Forte (R$ 3.970,65) e Aflitos (R$ 3.630,33). Os piores, depois do Recife, são Ilha Joana Bezerra (R$ 183,82) e Passarinho (R$ 200,93).


O bairro com maior número de pessoas morando em favela é Santo Amaro (13.886 no ano 2000), seguido de Imbiribeira (12.896) e Ilha Joana Bezerra (10.019).

Os bairros cuja população mais cresceu entre 1991 e 2000 foram Passarinho (6,54%) e Macaxeira (6,17%). Por outro lado, 30 perderam habitantes, com destaque para Paissandu (–3,71%) e Soledade (-2,98%).

Pau-Ferro é o bairro com maior proporção de jovens de 18 a 24 anos analfabetos: 24,62%. Em Hipódromo e Ilha do Leite, todas as pessoas nessa faixa etária são alfabetizadas. Pau-Ferro, aliás, tem a maior taxa de analfabetismo da cidade: 29,8%.

Os bairros com maior proporção de idosos (indivíduos com mais de 65 anos) são Santo Antonio (16,7%), Soledade (13,45) e Boa Vista (13,15). Passarinho (2,78%) é o que tem menos pessoas nessa faixa etária.


Na capital pernambucana, os homens que são chefes de domicílio têm mais anos de estudo que as mulheres chefes de domicílio: 7,85 contra 6,76. As mulheres com mais anos de estudo responsáveis por domicílios são as de Aflitos (13,35); entre os homens, são os de Jaqueira que passaram mais tempo nos bancos escolares (14,67 anos).

No bairro do Recife, 48,96% dos chefes de domicílio ganham menos de 1 salário mínimo. Esse é o único da capital em que ninguém recebe mais de 10 salários mínimos por mês
.

Em Dois Irmãos, moram em média 4,36 pessoas por domicílio, a maior taxa do município. A menor é a de Santo Antonio (2,14).

Em 12 bairros do Recife todos os domicílios urbanos são servidos por coleta de lixo: Aflitos, Cabanga, Casa Forte, Derby, Graças, Hipódromo, Ilha do Leite, Jaqueira, Paissandu, Rosarinho, Santo Antônio e Torreão. A menor proporção está em Guabiraba (61,12%).


O bairro em que há maior percentual de chefes de domicílio com mais de 11 anos de estudo (ou seja, que teoricamente terminaram o ensino médio) é Aflitos (76,54%). A menor proporção é a do Recife (0,35%).

Apenas sete bairros no Recife têm menos de mil habitantes. O menos populoso é Pau-Ferro, com 336. O bairro do Recife, com problema sanitário mais grave, tem apenas 925 moradores. O mais populoso é Boa Viagem, com 100.388 habitantes. Na Jaqueira, os domicílios têm, em média, 3,5 banheiros. No bairro do Recife, a média é de 0,05.


O bairro de Ilha Joana Bezerra e a ZEIS Coque formam a Unidade de Desenvolvimento Humano (UDH) que tem maior proporção de mães com 15 a 17 anos: 30,21% das mulheres nessa faixa etária têm pelo menos um filho.

A UDH que ganhou mais posições entre 1991 e 2000, no ranking do IDH-M, foi Campo Grande/Campina Barreto, que pulou da 52ª para 42ª posição. O avanço se deu nas três dimensões — renda, longevidade e educação —, mas a renda familiar per capita (que cresceu 50,7% no período) foi o que mais pesou.


A UDH que mais anos de vida acrescentou à longevidade de seus moradores na década passada foi Água Fria/Fundão: 7,1 anos, contra 3,1 anos do total do Recife.

Ipsep é a UDH que tem maior percentual da renda de seus moradores proveniente de transferências governamentais (de aposentadorias e pensões até programas de distribuição de renda): 28,8%, contra 19,2% da média da cidade.


A renda per capita dos moradores da UDH Santa Teresinha/Bomba do Hemetério cresceu 70% entre 1991 e 2000 — a maior expansão na capital pernambucana. Em dinheiro, porém, isso representou apenas R$ 57,32 a mais. Sob este critério, a UDH em que a renda per capita registrou o maior aumento foi na campeã do IDH-M, Boa Viagem/Pina: incremento de R$ 586,22 no período.

Apenas 10,44% das pessoas da UDH Brejos da Guabiraba e de Beberibe vivem em domicílio que tem telefone. A região mais atendida pelo serviço é a de Boa Viagem-Shopping (93,56%).


Em três UDHs do Recife há menos de 1% de moradores que vivem em domicílio com computador. Nova Descoberta (que inclui parte da ZEIS Casa Amarela) tem a pior proporção: 0,66%. A maior porcentagem está na UDH Graças/Derby/Espinheiro (66,07%).

É também nas Graças/Derby/Espinheiro que há a maior proporção de pessoas que moram em domicílio com carro: 87,60%. A pior UDH nesse quesito é Santo Amaro (que inclui as ZEIS Santo Amaro e João de Barros): só 3,95% têm automóvel.


.....................