RECIFE:
Intervenções realizadas em seu núcleo originário no Bairro do Recife evidenciam a superposição das culturas colonizadoras. A arqueologia urbana ali presente revela as muralhas da cidade holandesa, além de outros testemunhos. Inúmeros registros dão conta desse legado, encontrados em gravuras e em telas de pintores da época, além de desenhos em mapas, textos e documentos diversos. Documentação que extrapola os limites nacionais e que se encontram em países outros, como a Dinamarca e a Holanda. Vem acontecendo intercâmbio entre o Recife e estes países, resultando em eventos culturais. A construção da cidade desenvolveu-se sob diferentes estruturas urbanas e expressões arquitetônicas diversas, direcionadas pelas colonizações portuguesa e holandesa. Posteriormente ao início português (século XVI), o período holandês (século XVII) promoveu rápido e peculiar crescimento. Isto porque houve ampla participação de especialistas em diversas áreas do conhecimento, e por interesse maior da colonização, representado sobretudo pelo Conde Maurício de Nassau. A cidade possui atualmente mapeamento e legislação sobre preservação das áreas históricas, tombamento de perímetros urbanos e de edificações. Recentemente o Instituto Ricardo Brennand foi inaugurado com exposição sobre a grandiosa obra do pintor Eckout, que retratou a flora, a fauna e os nativos do período holandês. Atualmente esta mesma instituição promove outra exposição de grande valia, sobre Frans Post, com inúmeros registros da época holandesa. O TÍTULO Por tudo isso, o Recife reúne as condições necessárias para ser reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade, título que será solicitado pela Prefeitura à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O primeiro passo foi dado durante o IV Encontro das Cidades Históricas, realizado em Congonhas do Campo (MG), quando foi apresentada uma carta de intenções. A Prefeitura está elaborando o projeto definitivo e receberá uma visita de técnicos da Unesco. O aval de Patrimônio Histórico da Humanidade é importante para a promoção do turismo na cidade e para a atração de verbas vindas de órgãos internacionais para manutenção e revitalização dos sítios históricos. Todas as cidades que se credenciam escolhem um local para ser destacado. Os bairros do Recife, São José e Santo Antônio, por reunirem algumas das mais antigas construções da cidade, foram escolhidos pela Prefeitura como as áreas que deverão ser avaliadas pela Unesco. A Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Histórico da Humanidade (OCBPH) deve enviar documento à Unesco defendendo o pleito do Recife. A única cidade pernambucana que possui o título é Olinda. Fale conosco Empresa de Urbanização do Recife - URB Av. Oliveira Lima, 867 Fone: (81) 3421 5324 urb@recife.pe.gov.br |