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RECIFE:
CIDADE PATRIMÔNIO


Existem inúmeras cidades no Brasil de origem portuguesa, algumas detentoras de título da Unesco. Entretanto, a colonização holandesa existiu apenas no Recife. A presença holandesa no Brasil, de fato, é um traço peculiar da cidade do Recife e a arqueologia urbana é inovadora também no país. Os bairros do Recife, de São José e de Santo Antônio preservam, até hoje, o traçado urbano implantado pelos holandeses.

Essas características, aliadas à imensa diversidade cultural da capital pernambucana, justificam plenamente a candidatura do Recife Cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

No Recife Antigo conviveram princípios urbanísticos das cidades marcadas por canais, como Amsterdã, e das cidades de raízes ibéricas, materializadas pela memória coletiva e conhecimentos dos engenheiros militares dos Reinos de Espanha e Portugal. O Recife teve, com a presença holandesa e a realização do Projeto de 1639, um primeiro Plano Diretor urbano em terras do Mundo Novo.

No subsolo dos bairros de Santo Antônio e São José, está sepultada a Cidade Maurícia, a velha e a nova. Novos estudos de arqueologia histórica nos Bairros de Santo Antônio e de São José, que juntamente com o Bairro do Recife integram o centro histórico da cidade, assinalam a presença do traçado urbano do período holandês: as ruas seguem o caminho dos antigos canais e outras evidências históricas são identificadas.

O Recife possui inúmeros bens tombados, 33 Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico e 15 sítios históricos localizados nas três antigas ilhas que fazem parte do centro histórico da cidade: o Bairro do Recife e os bairros de Santo Antônio e de São José.


Intervenções realizadas em seu núcleo originário no Bairro do Recife evidenciam a superposição das culturas colonizadoras. A arqueologia urbana ali presente revela as muralhas da cidade holandesa, além de outros testemunhos.










Inúmeros registros dão conta desse legado, encontrados em gravuras e em telas de pintores da época, além de desenhos em mapas, textos e documentos diversos. Documentação que extrapola os limites nacionais e que se encontram em países outros, como a Dinamarca e a Holanda. Vem acontecendo intercâmbio entre o Recife e estes países, resultando em eventos culturais.

A construção da cidade desenvolveu-se sob diferentes estruturas urbanas e expressões arquitetônicas diversas, direcionadas pelas colonizações portuguesa e holandesa. Posteriormente ao início português (século XVI), o período holandês (século XVII) promoveu rápido e peculiar crescimento. Isto porque houve ampla participação de especialistas em diversas áreas do conhecimento, e por interesse maior da colonização, representado sobretudo pelo Conde Maurício de Nassau. A cidade possui atualmente mapeamento e legislação sobre preservação das áreas históricas, tombamento de perímetros urbanos e de edificações.



Recentemente o Instituto Ricardo Brennand foi inaugurado com exposição sobre a grandiosa obra do pintor Eckout, que retratou a flora, a fauna e os nativos do período holandês. Atualmente esta mesma instituição promove outra exposição de grande valia, sobre Frans Post, com inúmeros registros da época holandesa.



O TÍTULO

Por tudo isso, o Recife reúne as condições necessárias para ser reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade, título que será solicitado pela Prefeitura à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O primeiro passo foi dado durante o IV Encontro das Cidades Históricas, realizado em Congonhas do Campo (MG), quando foi apresentada uma carta de intenções. A Prefeitura está elaborando o projeto definitivo e receberá uma visita de técnicos da Unesco.

O aval de Patrimônio Histórico da Humanidade é importante para a promoção do turismo na cidade e para a atração de verbas vindas de órgãos internacionais para manutenção e revitalização dos sítios históricos. Todas as cidades que se credenciam escolhem um local para ser destacado. Os bairros do Recife, São José e Santo Antônio, por reunirem algumas das mais antigas construções da cidade, foram escolhidos pela Prefeitura como as áreas que deverão ser avaliadas pela Unesco.

A Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Histórico da Humanidade (OCBPH) deve enviar documento à Unesco defendendo o pleito do Recife. A única cidade pernambucana que possui o título é Olinda.

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